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Oito em cada 10 andreenses aprovam Paulo Serra, melhor índice da região

Pesquisa Diário/Badra aponta prefeito de Sto.André como mais bem avaliado do Grande ABC, com 82% de aceitação; Marcelo, de Mauá, é o pior

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
11/07/2021 | 07:00
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André Henriques/ DGABC


O prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), é o chefe de Executivo mais bem avaliado do Grande ABC. Pesquisa Diário/Badra realizada em toda a região sobre os primeiros seis meses deste mandato mostrou que 82,2% dos andreenses aprovam o governo tucano.

Reeleito no primeiro turno no pleito de novembro, Paulo Serra viu crescer sua popularidade na comparação entre votação e aceitação mensurada pelo instituto – o político foi reconduzido ao cargo com 76,88% dos votos válidos. O percentual atingido por Paulo Serra no semestre inaugural de seu segundo mandato equivale a uma aceitação de oito em cada dez moradores.

O prefeito andreense lidera com folga também quando o sentimento do entrevistado é detalhado. No total, 30,2% dos ouvidos consideram a gestão ótima. Outros 41,3%, boa. Somados os índices, o político conquistou 71,5% de ótimo e bom. Foram ainda 19,2% de regular, 2,8% de ruim e 3,6% de péssimo.

Na contramão aparece o prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira (PT). Em primeiro mandato ao superar um pleito que dividiu a cidade, o petista foi o único a ter mais reprovação do que aprovação nos seis meses iniciais de governo. No total, 45,9% dos mauaenses rejeitam a administração, ante 44,3% de elogios (9,8% não souberam responder).

Marcelo computou 5,7% de ótimo e 22,9% de bom (somados 28,6%), percentual que inferior à cota de regular (34,5%) e da adição de ruim (12,6%) e ruim (18,4%), que chega a 31% – veja quadro completo da região nas artes ao lado.

Responsável pela pesquisa Diário/Badra, o analista de dados Maurício Juvenal analisou os números com analogia à indústria automotiva, setor econômico que caracteriza o Grande ABC.

“Considerando que a região é o berço da indústria automobilística no Brasil, e que fosse possível comparar o desempenho de um prefeito ao de um carro, o tucano Paulo Serra, de Sano André, seria um daqueles possantes de luxo, seguros e que não derrapam na curva”, comentou. “O chefe do Executivo tem desempenho linear nos diferentes perfis e camadas da população, fazendo dele quase que uma unanimidade em termos de gestão.”

Sobre Mauá, os índices refletem o acirramento eleitoral, na visão de Juvenal. Marcelo foi eleito em uma das disputas mais apertadas da história da cidade, ao vencer o então prefeito Atila Jacomussi (ex-PSB, atual SD) por uma diferença de 2.676 votos – em um universo de 306 mil eleitores.

“Uma análise mais criteriosa desses números, e de certo modo contextualizada, acaba por revelar o significativo grau de divisão política que predomina em Mauá, algo que o resultado das urnas, na eleição de novembro, já mostrou. O prefeito Marcelo Oliveira foi eleito por uma diferença mínima de votos. Fica a impressão de que o petista precisa de mais tempo para mostrar e convencer o eleitorado do que é capaz”, citou.

DEMAIS CIDADES
O cenário regional apresenta boa aceitação aos demais prefeitos do Grande ABC, independentemente se retornaram ao poder ou se estreiam na cadeira do Executivo.

José de Filippi Júnior (PT) foi eleito em novembro para o quarto mandato (recorde na região) e viu 60% dos diademenses aprovarem os seis primeiros meses desse regresso – 32% reprovam e 8% não souberam responder.

Índice parecido observou Tite Campanella (Cidadania), prefeito de uma São Caetano em turbulência política – eleito em novembro, José Auricchio Júnior (PSDB) foi impedido de tomar posse por condenação eleitoral. Tite conduziu o Palácio da Cerâmica sem contaminação na gestão, conforme os dados da pesquisa Diário/Badra, ao ser aprovado por 59,8% dos entrevistados. Outros 31,8% reprovaram e 8,4% não souberam responder.

Clóvis Volpi (PL) foi outro político a retornar ao cargo máximo em sua cidade, Ribeirão Pires, e viu 55,9% dos munícipes elogiarem seu trabalho atual (36,3% criticaram e outros 7,8% não souberam).

Claudinho da Geladeira (Podemos), estreante como prefeito em Rio Grande da Serra, foi aprovado por 51,9% dos entrevistados e contestado por 37,3%.

Em São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), reeleito em novembro, teve 70% de aprovação e 25,2% de rejeição.

O desempenho do tucano foi mais contestado na região central da cidade e em bairros onde ele sempre teve bom trânsito, indicativo de que na área comercial e mais tradicional de São Bernardo a imagem de Morando, que é empresário do ramo supermercadista, enfrenta certa resistência.

A pesquisa Diário/Badra apurou o humor dos são-bernardenses por zonas eleitorais e nas 174ª, que engloba Centro e Ferrazópolis, e 284ª, de Taboão, Pauliceia e Rudge Ramos, foi onde o atual chefe do Executivo registrou sua pior performance, inclusive no quesito combate à pandemia.

Na área que compreende o Rudge Ramos, 37,5% dos entrevistados questionaram as ações do tucano para mitigar o avanço do vírus – a média na cidade foi de 21,8%. No Centro, o governo de Morando foi reprovado por 30,9%.

Badra é especialista no ramo e aparece entre as melhores do País em ranking

A Badra Comunicação é especialistas em pesquisa de opinião e monitoramento de dados e informações aplicados à gestão pública. A empresa atua no ramo de análise de governos, corridas eleitorais e também em avaliação de mercado de empresas.

Recentemente, a empresa, com sede na Vila Tramontano, São Paulo, recebeu nota B+ no Ranking de Institutos de Pesquisa do Pindograma, levantamento que analisa institutos do setor no País. A Badra teve 11 estudos avaliados pelo Pindograma. O B+ foi a mesma nota aplicada ao Datafolha, tradicional instituto ligado ao jornal Folha de S.Paulo.

A Badra e seu time estatístico estão registrados no Conselho Regional de Estatística da 3ª Região, fato que mostra a seriedade da atuação.




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