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Em S.Caetano, intensas movimentações políticas
Raphael Rocha
30/04/2021 | 05:18
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A decisão do ministro Luis Felipe Salomão, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em rejeitar recurso movido pela defesa de José Auricchio Júnior (PSDB) e mantê-lo inelegível, como era de se esperar, foi o assunto mais comentado nas rodas políticas da cidade. A expectativa inicial era a de que o parecer fosse emitido dentro de 90 dias, mas veio com quase 120 dias, tempo adicional suficiente para que toda estrutura montada pelo núcleo auricchista se mantivesse intacto até o desfecho jurídico. Com o novo revés, a movimentação ontem mesmo já foi intensa. Em tempos em que o isolamento físico precisa ser aplicado para evitar a transmissão da Covid-19, celulares de quase todos os agentes políticos de São Caetano não pararam, especulando o futuro, se Auricchio consegue reverter no plenário, se seu grupo se dissipa e se a oposição se fortalece. 

O mundo dá voltas

 Hoje prefeito e vice de Rio Grande da Serra, Claudinho da Geladeira (Podemos) e Penha Fumagalli (PTB) já foram correligionários, no PT da cidade. Em 2012, foram protagonistas de um entrevero interno. Penha era tesoureira do diretório municipal do PT quando Claudinho concorreu à Prefeitura pela primeira vez. Houve troca de acusações sobre o uso dos recursos da sigla àquela época, que resultaram no encaminhamento de punição para Penha, em processo liderado por Claudinho. Penha renunciou à função na direção às vésperas de seu julgamento. O tempo passou, Claudinho e Penha se recompuseram e venceram a eleição no ano passado. Agora, aparentam distanciamento novamente.

Requerimento 

 O vereador Fran Silva (PSD), de São Bernardo, apresentou requerimento – aprovado pela Câmara – com sugestão para o governo do Estado incluir caminhoneiros na lista de prioridades da vacinação contra a Covid-19. O pessedista argumentou que a classe não paralisou os serviços durante a pandemia e que está exposta ao contágio.

 Análise

 O advogado Paulo Proieti, autor de ação popular que pede extinção de quase metade dos cargos em comissão da Câmara de Santo André e filiado ao partido Novo, comentou a decisão do presidente do Legislativo, Pedrinho Botaro (PSDB), em contratar empresa para fazer estudo de reforma administrativa. “A decisão do presidente é louvável, mas é preciso dizer que adequar o gasto com pessoal é uma imposição do TCE (Tribunal de Contas do Estado), que tornou inelegíveis todos os últimos presidentes. Se ele não trabalhar para reduzir os excessivos cargos em comissão, certamente será o próximo ficha suja, por reprovação de contas.”

 Questionamentos – 1 

 A atuação do secretário de Transportes de Diadema, José Evaldo Gonçalo, foi alvo de questionamentos na sessão de ontem, na Câmara. Os vereadores Eduardo Minas e Reinaldo Meira (ambos do Pros) reclamaram da condução de Evaldo, na esteira de reclamação apresentada pela dupla sobre a ausência de agentes de trânsito junto a radares móveis. Meira disse que o fato de Evaldo não morar em Diadema só aumentava a lista de problemas. “Ele só arrumou confusão, com funcionários e assistentes”, disparou.

 Questionamentos – 2 

 Coube ao líder do governo de José de Filippi Júnior (PT) na casa, Orlando Vitoriano (PT), e ao vereador José Antônio a defesa do secretário de Transportes. Vitoriano declarou que o município ainda tem prazo para se adequar às novas normas do uso de radares móveis. Zé Antônio disse que levar o debate sobre quem mora e quem não mora no município é “desqualificar” a discussão. “Temos lista de vários secretários que fizeram excelente trabalho e que não residiam na nossa cidade”, contemporizou Zé Antônio.




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