Setecidades Titulo Estudo do Adolfo Lutz
Estado confirma 14 casos
de novas variantes na região

Mutação do coronavírus que surgiu em Manaus circula em cinco das sete cidades

Por Do Dgabc.com.br
29/04/2021 | 00:01
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Estudo realizado pelo Instituto Adolfo Lutz a pedido da Secretaria de Estado da Saúde, e que foi concluído ontem, apontou que existem ao menos 152 casos da variante P.1, originária de Manaus, nos 645 municípios paulistas, sendo 14 no Grande ABC. Essa característica aumenta a transmissibilidade e torna a infecção pelo coronavírus mais grave. Cinco casos foram confirmados em São Bernardo, quatro em Mauá, três em Diadema, um em Santo André e um em Rio Grande da Serra.

Em março, o Diário mostrou que análise realizada em parceria da USCS (Universidade Municipal de São Caetano), a Fundação ABC e o Instituto de Medicina Tropical da USP (Universidade de São Paulo) apontou que dez casos de novas variantes já circulavam em São Caetano.

“O aumento dos casos, internações e óbitos que identificamos especialmente no primeiro trimestre deste ano pode estar relacionado à maior circulação desta variante de atenção. Nossas equipes seguem analisando em múltiplas frentes este vírus, contribuindo com a ciência e com as ações de combate à Covid”, explicou a coordenadora de controle de doenças da Secretaria Estadual de Saúde, Regiane de Paula.

Foram avaliadas 1.439 sequências genéticas pelo Lutz e por outras instituições de referência, que identificaram 21 linhagens diferentes em São Paulo com prevalência da P.1 em 90% das amostras. O estudo também mostra evolução da variante no decorrer dos três primeiros meses deste ano. Em janeiro ela representava 20% dos sequenciamentos, em fevereiro correspondia a 40% e, em março, a 80%.

A P.1 está presente nos 17 departamentos regionais de saúde, sendo predominante em 15 regiões, com exceção de São José do Rio Preto e de Presidente Prudente, onde a P.2 é mais evidente.

“O sequenciamento genético não deve ser confundido com diagnóstico de Covid-19, até porque, não se trata de uma análise individualizada do paciente. Ele também não muda as orientações e hábitos de prevenção nem mesmo a assistência médica, que considera sempre o quadro clínico do paciente. Identificar as novas linhagens de um vírus é instrumento epidemiológico que contribui para ações de saúde pública ao permitir que identifiquemos como o vírus se comporta no espaço e tempo”, diz Adriano Abbud, diretor do centro de respostas rápidas do Adolfo Lutz. 




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