Política Titulo Ribeirão Pires
Guto quer isenção em processo de contas de Volpi

Presidente do Legislativo afirmou que parentesco não influenciará em apreciação

Por Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
06/03/2021 | 00:01
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Presidente da Câmara de Ribeirão Pires, Guto Volpi (PL) afirmou que buscará manter isenção no processo que julga as contas rejeitadas do ano de 2012 de Clóvis Volpi (PL), seu pai e atual prefeito da cidade.

Guto declarou que a situação envolvendo o balancete de seu pai já está em análise no setor jurídico da casa e que manterá “lisura” em todas as etapas. Ainda conforme o presidente, a situação familiar não influenciará na atuação dos trabalhos. “Nós vamos tratar com maior lisura possível. A situação já está no departamento jurídico em análise. Essa situação não será uma questão de parentesco”, sustentou.

As contas de Volpi referentes ao ano de 2012, o último ano de sua primeira passagem pelo Executivo, foram reprovadas pelos vereadores em 2017. Os parlamentares seguiram recomendação do TCE (Tribunal de Contas do Estado), que também rejeitou o balancete daquele ano por entender que o prefeito contratou médicos em período eleitoral e também por ter deixado dívida para o governo de Saulo Benevides (Avante). Em movimento posterior e após contestação do prefeito, a Câmara reanalisou o caso e decidiu aprovar as contas.

No ano passado, entretanto, o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) julgou procedente uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade), movida pela PGJ (Procuradoria-Geral de Justiça), e anulou decisão da Câmara que tinha aprovado as contas de Volpi. Com a decisão, Volpi quase ficou inelegível, mas pós-eleição – por isso tomou posse e governa a cidade normalmente. Adversário direto de Volpi na eleição do ano passado, o ex-prefeito Adler Kiko Teixeira (PSDB) se agarrou na possibilidade de esta rejeição de contas tirar o atual prefeito do jogo político, mas não obteve sucesso. Em dezembro do ano passado, o tucano ainda protocolou ação, baseada na rejeição de contas, para anular a diplomação de Volpi, o que também não prosperou.

Guto ainda citou a relação de parentesco de Kiko e o ex-presidente do Legislativo Rato Teixeira (PTB) – tio e sobrinho. “Se agíssemos desta forma, poderíamos julgar que a motivação do ano passado estava calcada em uma disputa eleitoral, já que o então prefeito e o então presidente têm relação de parentesco. Não é assim que vamos tratar, vamos manter a lisura e a transparência.”  




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