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Uma cerâmica na Vila Baeta

Ontem Memória mostrou a olaria do Dr. Baeta Neves, hoje focaliza a cerâmica que ele abriu antes ainda do loteamento Vila Baeta

Ademir Medici
25/08/2020 | 07:00
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A propriedade de Luiz Felipe Baeta Neves era imensa, chegando até onde está o km 18 da Via Anchieta, o que incluía as áreas atuais da Chácara Inglesa e do Jardim do Mar.
Neste espaço, várias atividades iniciais foram desenvolvidas, da agricultura à olaria, da extração de pedras à cerâmica.
A extração de pedras para construção era feita no Sítio dos Vianas, área abrangente do atual bairro Nova Petrópolis. A cerâmica – da foto – ficava perto da olaria, na embocadura do Córrego Taioca com o cruzamento da Estrada de Santo André, atual Avenida Pereira Barreto.
A crise de 1929 atingiu o Dr. Baeta Neves, que teve suas propriedades em São Bernardo hipotecadas: o loteamento Vila Baeta – de 1925 – ficou com seu amigo, doutor Edmundo de Carvalho, que deu sequência à venda de lotes, preservando o nome Vila Baeta Neves.
Já a cerâmica foi adquirida pela Companhia Melhoramentos de São Bernardo, cujo controle havia passado dos Pujol para o grupo Simonsen, do futuro líder autonomista Wallace Simonsen.
Toda esta história é narrada em detalhes por Newton Ataliba Madsen Barbosa, um topógrafo que acompanhou o desenvolvimento desses empreendimentos, antes e depois de começar a trabalhar na Prefeitura de São Bernardo.
Newton Barbosa atingiu o cargo de secretário de Obras. Foi um verdadeiro historiador da cidade, com vários estudos publicados.

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Olaria de Angelo Demarchi – Narra a pesquisadora Elexina D’Angelo:
- A olaria situava-se próxima à antiga fábrica da Glasurit, no bairro Demarchi, e tem uma história ligada à Rota do Frango com Polenta.
- Entre tantas, houve uma nova crise no mercado da construção civil. Com isso, encalharam os tijolos que foram usados na construção dos primeiros restaurantes da Avenida Maria Servidei Demarchi.

Diário há meio século

Terça-feira, 25 de agosto de 1970 – ano 13, edição 1317

Especial – Acorda cedo, trabalha com qualquer tempo, tem suas histórias. É o pescador da Billings que veio de Jaguari.
Reportagem de Milton Saldanha Machado, com fotos de Pedro Martinelli.
Escreve Milton Saldanha:
-A vida dura de Zé Peitudo, homem do mato, cujo nome verdadeiro é Fábio Jacó de Toledo.
- A parte da represa onde trabalha, pouco além do Tanque dos Turcos, ele batizou como Terra dos Baraldi, que ali vivem desde a colonização de São Bernardo.
– Essa é uma época dura. Em tempo de frio não se pega quase peixe.
São 230 quilos por dia na época da piracema (época do peixe), em fevereiro e setembro. Agora só se pega dez quilos de peixe miúdo, a maior parte lambari.
– Zé Peitudo, gosta desta vida?
– Eu sou caboclo mateiro, tô no meu chão.
– Zé Peitudo pensa no futuro?
– Bem, quando a água secar por aqui, levo meu rancho pra outro lugar...
 

Em 25 de agosto de...

1930 – Tramitava, na Câmara dos Deputados, no Rio de Janeiro, o projeto de lei nº 80, de 1929, que criava a Comarca de São Bernardo.
Nota – Naquele apagar da República Velha, a matéria recebia substitutivos radicais na região. Do noticiário da época, se depreende:
- Que viesse a Comarca, defendia a Câmara de Vereadores, mas que fosse instalada em Santo André e não na sede do município, no caso, a Vila de São Bernardo.
- Para tal, que fosse criado o município de Santo André no lugar de São Bernardo.
- Que São Caetano fosse elevado a município.
- Que São Bernardo formasse um município autônomo.
- Ensaiava-se a formação do ABC, com ares bem bairristas. Com a Nova República batendo às portas, tudo começaria a se resolver muitos anos depois.
 

Hoje

- Dia do Exército Brasileiro
- Dia do Feirante
- Dia do Soldado


Santos do Dia

- José de Calazans (Espanha 1557 – Roma 1648). Dedicou-se à educação das crianças pobres, o que originou a congregação dos Clérigos Pobres da Mãe de Deus, em 1621.
- Maria Del Trânsito Cabanillas

LUIZ IX (Poissy, 1214 – Tunes, 1270). Rei da França de 1226 até sua morte
 

Municípios Paulistas

- Hoje é o aniversário de Barretos e Redenção da Serra. Barretos foi fundado em 25 de agosto de 1854 com o nome de Arraial dos Barreto. Elevado a município em 1885, quando se separa de Jaboticabal

LIVRO. Quatro autoras – Karla Armani, Priscila Ventura Trucullo, Sueli Fernandes e Roseli Tineli – homenageiam Osório Faleiros da Rocha, nascido em 1885 e autor de livro clássico sobre a história de Barretos: Barretos de Outrora
 




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