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Sindicato acusa Grupo Bertin pelo fechamento da Coper
Por Luciele Velluto
Do Diário do Grande ABC
14/04/2007 | 07:07
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O Sindicato dos Químicos do ABC acusa o Grupo Bertin – holding brasileira que atua nos segmentos de agroindústria e infra-estrutura – pelo fechamento da Coper, de Diadema, na última quarta-feira, assim como de suas outras duas unidade no ano passado.

Segundo a entidade, o grupo é o dono da empresa de cosméticos e não só das marcas que ela produz. “Todas as negociações sempre foram feitas com eles. Até os motoristas que eram da Coper foram transferidos para outra unidade do Grupo Bertin. E eles dizem que não são responsáveis pelas demissões”, afirma Raimundo Suzart, diretor do sindicato.

Outras fontes consultadas pelo Diário também confirmaram que a Coper e suas empresas foram compradas como um todo, e não apenas as suas marcas e direitos de comercialização.

Sexta-feira, pela manhã, cerca de 120 trabalhadores da Coper realizaram protestos em frente ao escritório do grupo empresarial na Capital. No entanto, os trabalhadores não foram atendidos. “Não apareceu ninguém para receber a gente. Não tinha um diretor para falar conosco”, conta Suzart.

Na quinta-feira, a Coper fez uma nova proposta aos trabalhadores, de receberem R$ 1 mil em bonificação pela saída da empresa, mais seis meses de plano médico e cesta básica. Contudo, segundo o sindicato, os ex-funcionários querem o emprego de volta.

Na segunda-feira será realizada uma passeata em protesto ao fechamento da fábrica e na terça-feira os trabalhadores irão para Lins, onde fica a sede da holding, fazer novas manifestações.

Em nota, o Grupo Bertin reafirma que é apenas detentor da marca e de seus direitos de comercialização. A divisão de cosméticos diz que se solidariza com os trabalhadores da Coper e que buscará ajudar na recolocação desses profissionais em outras empresas ou até na própria unidade fabril em construção em Jundiaí.




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