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Alunos de odontologia da Metodista paralisam clínica

Protesto ocorre em apoio aos professores e funcionários que estão sem receber salários

Por Lorena S. Ávila
especial para o Diário
05/04/2019 | 07:00
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Cerca de 350 alunos do curso de odontologia da Universidade Metodista vão paralisar, hoje, os atendimentos realizados na clínica do campus Rudge Ramos, em São Bernardo, em apoio aos professores e funcionários que estão sem receber salários e outros benefícios, como o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) – não é depositado desde julho de 2015 – e estão em estado de greve.

Em protesto, os estudantes não vão assistir à aula nem fazer provas ou realizar atividades. Eles também programam ato a partir das 13h. “Se a gente para, todo mundo para e, assim, quem sabe, a Metodista faz alguma coisa. A faculdade não funciona sem a gente e a gente não funciona sem os professores e funcionários”, observa Amanda Denis, 19 anos, do 3º ano de odontologia. A mensalidade da graduação é de R$ 2.900.

De acordo com atendentes da clínica – que funciona dentro da universidade de segunda a sexta-feira, a partir das 7h30 –, cerca de 30 pacientes deixarão de ser atendidos hoje. Os funcionários foram instruídos a cancelar as consultas agendadas para a data.

Outros dois protestos foram realizados na porta do campus Rudge Ramos, na segunda-feira. Caso a situação não seja resolvida até amanhã, quando está agendada assembleia dos docentes junto ao Sinpro-ABC (Sindicato dos Professores do Grande ABC), os profissionais prometem paralisar as atividades.

Uma das instituições de ensino superior mais tradicionais da região, com três campi em São Bernardo, a Metodista passa por período de incerteza desde 2017, quando pelo menos 40 professores foram demitidos. Na época, os cursos de pós-graduação foram os mais afetados pelas dispensas.

A situação de crise não atinge apenas o campus de São Bernardo. Na segunda-feira, na unidade de Minas Gerais, estudantes e professores da mesma rede também protestaram contra o sucateamento do ensino e o atraso dos salários. 




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