Com a entrega oficial do título de MIT (Município de Interesse Turístico), o governo do prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), estuda colocar em prática plano de concessão do Parque Estoril, às margens da Represa Billings, no Riacho Grande. A medida, sem data ainda para ser encaminhada, seria em moldes similares aos aplicados para gestão do Parque Cidade da Criança, no bairro Jardim do Mar – o Paço já teve, em fevereiro, autorização legislativa para conceder o equipamento à iniciativa privada por até 25 anos.

Para o Parque Estoril, a princípio, o cenário não está detalhado. Morando afirmou, em evento no Palácio dos Bandeirantes de certificação dos municípios, que o espaço também será “levado à concessão” da “mesma forma” que o da Cidade da Criança, citando na sequência as justificativas para tocar o plano. “Por que a concessão? Para receber mais investimentos, fomentar, melhorar e atrair. Além do turismo industrial, temos o chamado turismo de lazer, a exemplo ainda da Estrada Velha de Santos, que recebe, em média, 6.000 atletas de triatlo”, pontuou o tucano.

O objetivo central da concessão da Cidade da Criança foi em torno da revitalização, o que poderia ser reeditado no Estoril. O prefeito mencionou que, atualmente, a maior parte dos visitantes do espaço é de fora de São Bernardo. O equipamento tem os tradicionais teleférico, zoológico e a própria Billings como principais atrações. Mais de 80% de sua área é ocupada por parte da Mata Atlântica. O parque foi transformado, recentemente, em unidade de conservação, garantindo, assim, a preservação da fauna e da flora locais, bem como dos recursos naturais existentes.

São Bernardo recebeu, segundo o Paço, aproximadamente 15 mil turistas no ano passado, somando as visitas ao polo industrial local, mote que credenciou o município a obter o certificado. Com o título de MIT, a cidade receberá R$ 700 mil de aporte do governo de São Paulo.

Morando frisou que “turismo caminha muito bem com a atividade econômica”. “Ideia é fazer trabalho com as universidades brasileiras e (também) de fora do País, por meio de comunicação, para atrair estudantes de engenharia, indústria química, vão ser atraídos ao saber que podem visitar empresas que, porventura, poderão atuar no futuro”, prospectou.