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Homem baleado em acampamento é dirigente de sindicato em Santo André

Jefferson Menezes foi baleado no pescoço, mas seu quadro é estável

Fabio Martins
30/04/2018 | 07:00
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 Vítima de ataque a tiros dentro do acampamento em apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Curitiba, Jefferson Lima de Menezes, 38 anos, preside o Sindicato dos Motoboys do ABC, situado em Santo André. O militante foi baleado no pescoço, no sábado, em atentado contra a vigília formada por conta da prisão do petista, detido na carceragem da PF (Polícia Federal) desde o dia 7. O sindicalista está internado no Hospital do Trabalhador, na capital paranaense e, segundo informações da unidade, seu quadro de saúde é estável.

Apesar do estado apontado no boletim médico, Jefferson continua internado e sem previsão de alta, embora já sem risco de morrer. O manifestante é casado e pai de quatro filhos. De acordo com pessoas próximas ao sindicalista, ele atuava na equipe de segurança do local, como voluntário, no momento em que houve os disparos, pouco antes das 4h, efetuado por um homem, a pé. Imagens de câmeras de segurança divulgadas pela Polícia Civil mostram o instante em que o rapaz atira contra os militantes. A perícia localizou seis cápsulas de pistola calibre 9 mm no local.

O autor dos tiros ainda não foi identificado. Conforme relatos de militantes, o sindicalista está no acampamento desde o primeiro dia, logo após Lula se entregar à PF para cumprir a determinação judicial. A vigília acontece no bairro Santa Cândida, a menos de 1 km da sede da superintendência. O delegado Fábio Amaro, chefe do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) em Curitiba e que esta à frente do inquérito instaurado – o caso está sendo investigado como tentativa de homicídio –, quer ouvir Jefferson assim que a equipe médica liberá-lo para depoimento.

Além do sindicalista, outra pessoa foi atingida de raspão no atentado, a advogada Márcia Koakoski, 42 anos. Estilhaços de banheiro químico feriram seu ombro. Em oitiva feita ao delegado, ela afirmou que um bate-boca e ameaças de morte precederam o atentado. Ela é da cidade de Xangri-Lá, Rio Grande do Sul. Testemunhas e vizinhos também já foram ouvidos.




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