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Destaque em ranking do saneamento
Wilson Marini
23/04/2018 | 07:03
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O novo ranking do saneamento, divulgado semana passada pelo Instituto Trata Brasil, destaca Franca como o melhor município brasileiro em saneamento básico pelo quinto ano consecutivo, com índices de 100% de abastecimento de água, 100% de coleta de esgoto e 100% de tratamento de esgoto. O investimento médio anual por habitante em Franca é de R$ 189,14, cerca de 39% a mais que o segundo município que mais investe. Outro destaque do estudo é a entrada de Taubaté entre as dez cidades com os melhores índices de saneamento. O município está na oitava posição neste ano. No ranking passado estava no 14º lugar. Com isso, duas cidades do Vale do Paraíba estão entre as dez primeiras posições, Taubaté e São José dos Campos. Outros municípios paulistas também ganharam posição de destaque no ranking.

Capital lidera
Mais de 40% do dinheiro investido em obras de saneamento nas 27 capitais brasileiras foi aplicado na cidade de São Paulo, segundo revela o mesmo estudo. Entre os anos de 2012 e 2016, a companhia investiu R$ 9,1 bilhões no saneamento da cidade de São Paulo. O Rio de Janeiro recebeu R$ 1,92 bilhão e Recife, R$ 1,39 bilhão.

Cidades buscam investimentos
Entre os dias 17 e 19 de abril, a agência Investe São Paulo realizou três encontros com empresários, gestores municipais e representantes de entidades das regiões de Franca, Ribeirão Preto e Central. Os eventos fazem parte de uma ação que percorre as 17 regiões do Estado de São Paulo para apresentar os diversos serviços oferecidos por órgãos do governo do Estado para movimentar a economia paulista. Comerciantes, empreendedores e investidores foram orientados sobre a importância de utilizar informações estratégicas nas decisões de investimento, como acessar projetos de apoio ao exportador, como funciona o programa de assessoria às empresas recém-abertas na Jucesp e sobre cursos disponíveis na Univesp (Universidade Virtual do Estado de São Paulo).

Memória de cataclismo
Meteoritos, terremotos e tsunamis não fazem parte das preocupações dos brasileiros na atualidade. Mas nem sempre foi assim tão tranquilo. A ciência tem evidências de que houve por aqui uma catástrofe de grandes proporções, que deixou marcas para sempre. Recentemente, rochas encontradas no Interior de São Paulo expõem as marcas de um intenso terremoto e de um tsunami ocorridos há cerca de 250 milhões de anos em consequência do impacto de um meteorito que caiu onde hoje fica o município de Araguainha, no Mato Grosso.

Cratera gigantesca
O tema foi abordado este mês na publicação Pesquisa, da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). Segundo a reportagem, um corpo celeste de quatro quilômetros de diâmetro atingiu o que hoje é o coração do Brasil e abriu uma cratera gigantesca. O impacto gerou um terremoto que pode ter alcançado 10,5 graus de magnitude, e causado um tsunami que varreu uma extensa região, além de liberar para a atmosfera uma quantidade elevada de metano, um gás de efeito estufa, que pode ter contribuído para extinções de diversas formas de vida. Na época, os continentes estavam agrupados em uma única massa de terra firme, a Pangeia.

Pedreiras e paredões
Entre 2012 e 2015, o geólogo norte-americano Eric Tohver rodou milhares de quilômetros por São Paulo, Goiás e Mato Grosso. Visitou pedreiras e paredões rochosos às margens de estradas brasileiras à procura de formações rochosas em busca de estruturas que testemunhassem o poder destrutivo do impacto do meteorito que abriu a maior cratera da América do Sul. Nas viagens pelo Interior do País, Tohver teve a companhia do geólogo alemão Martin Schmieder e dos brasileiros Claudio Riccomini, da USP, Lucas Warren, da Unesp (Universidade Estadual Paulista) em Rio Claro, e Cristiano Lana, da Ufop (Universidade Federal de Ouro Preto). O grupo encontrou rochas da época do impacto dispersos por uma vasta região do que teria sido o fundo de um mar raso ou uma laguna, hoje soterrado pela bacia sedimentar do Paraná.

Tsunami
As conclusões foram publicadas em um artigo na edição de janeiro deste ano na revista Geological Society of America Bulletin. Nele, os geólogos apresentam as cicatrizes dessa destruição encontradas no Interior paulista. “Nos trabalhos anteriores, já supúnhamos que os danos pudessem ter chegado tão longe”, conta Tohver. “Agora, temos evidências de que ocorreram de fato.” Para Max Langer, professor de Paleontologia da USP em Ribeirão Preto, a nova datação de Araguainha pode estimular uma revisão das hipóteses sobre a extinção do Permiano. “Até a descoberta de Chicxulub”, diz, “havia vários cenários para explicar a extinção dos dinossauros”. 




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