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Região volta a realizar cirurgia para correção de fissura labiopalatina

Procedimentos passam a ser feitos no Hospital de Clínicas de S.Bernardo

Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
17/11/2017 | 07:00
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Divulgação


 Parceria entre a disciplina de Cirurgia Plástica da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC) e a Funcraf (Fundação para o Estudo e Tratamento das Deformidades Craniofaciais), localizada na Vila Euclides, em São Bernardo, trará benefícios para médicos residentes e pacientes com fissura labiopalatina (deformação nos lábios) que necessitam de tratamento cirúrgico. A ação possibilitará que os procedimentos sejam realizados no HC (Hospital de Clínicas) da cidade, no Alvarenga, e não mais em Bauru, no Interior do Estado.

Desde os anos 2000, com o fechamento de subsede da Funcraf em Santo André, as cirurgias em crianças com problemas de labioleporino passaram a ser feitas em Bauru. Os procedimentos são gratuitos, subsidiados pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

Atualmente, a Funcraf atende, com acompanhamento ambulatorial, 5.120 pacientes com o problema, entre moradores da região e da Capital. “Isso foi um ganho tremendo para o paciente, que não terá que se deslocar para o Interior, e os residentes conseguirão acompanhar o pré e pós-operatório. Ainda buscamos parceria para ampliar (a cirurgia) para a região”, fala a coordenadora administrativa da Funcraf, Andrea Piccoli.

A coordenadora da Funcraf se refere ao fato de, a princípio, a parceria beneficiar apenas moradores de São Bernardo, cujos números não foram divulgados. As cirurgias são realizadas às quintas-feiras no Hospital de Clínicas do Alvarenga. Demais pacientes são encaminhados ao Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo, em Bauru, e ao Hospital Santa Marcelina, na Zona Leste da Capital.

A família da pequena Mariana, de apenas um 1 mês de vida, espera ansiosamente pela cirurgia de correção da fissura labiopalatina, em fevereiro. Enquanto isso, a bebê recebe acompanhamento dos residentes da FMABC. “Como ela tem o lábio em aberto, (a cirurgia) vai fechar para ficar mais fácil para sugar, pois ela não mamou no peito”, diz a mãe, Valéria Luiza Coronin, 40.

Para os residentes, o ganho corresponde à vivência além do enfoque técnico do cirurgião, aponta o assistente da disciplina de Cirurgia Plástica da FMABC, Maurício Yoshida. “Eles terão a visão completa do tratamento do fissurado. Até então eles tinham a visão da área cirúrgica desse paciente e agora terão noção de toda a multidisciplinaridade do tratamento”, pontua.

Os médicos residentes atendem na Funcraf às segundas-feiras, das 8h às 12h, com a supervisão de Yoshida.




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