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Empresas: melhor resultado em 10 anos
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05/11/2007 | 07:06
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As empresas brasileiras tiveram no primeiro semestre deste ano a melhor rentabilidade da década. Levantamento feito pela Serasa, com base em 9.700 balanços de empresas da indústria, serviços e comércio, mostra que o indicador de rentabilidade, que mede a relação entre lucro e faturamento líquido, atingiu 6,6% no período.

É o mais alto da série histórica iniciada em 2000, um ano depois que a taxa de câmbio deixou de acompanhar o regime de bandas e passou a flutuar livremente.

São várias as razões para esse bom desempenho, diz o coordenador de estudos da Serasa, Márcio Torres. “A principal é a melhora da atividade no mercado interno, favorecida pela expansão da massa salarial, ampliação do crédito e redução dos juros.”

Para calcular a margem de ganhos, a Serasa ajustou o lucro líquido das empresas, excluindo a equivalência patrimonial e os resultados extra-operacionais. “A idéia é mostrar apenas o lucro líquido gerado pela atividade-fim das empresas”, diz Torres.

Fizeram parte do estudo da Serasa balanços de 3.200 empresas da indústria, 3.700 do comércio e 2.800 de serviços. Até o ano passado, o melhor índice havia sido o de 2005, quando a lucratividade média das empresas chegara a 5,5% do faturamento líquido.

No primeiro semestre de 2007, a média de 6,6% foi puxada para cima pelo resultado das empresas do setor de serviços, cuja lucratividade representou 9,9% das vendas brutas, descontados os impostos.

É o terceiro ano consecutivo em que os serviços lideram em margem de lucratividade. Em 2006, esse indicador atingiu 7%. “O setor de serviços foi o que mais se beneficiou do fortalecimento do mercado interno”, diz Torres. “Quando a indústria e o comércio vão bem, usa-se mais energia elétrica, telefone, internet e transporte de cargas.”

Foram as prestadoras de serviços públicos que tiveram maior rentabilidade entre as empresas do setor no semestre. No segmento de energia, a margem atingiu 18,1%. Além do efeito da valorização do real ante ao dólar, que ajudou a diminuir o custo financeiro de dívidas em moeda estrangeira, o consumo de energia aumentou, e as empresas adotaram melhores práticas de gestão.




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