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Felipão promete quebra de tabu
Por Alec Duarte
Da AS/Especial para o Diário OnLine
De Montevidéu
30/06/2001 | 17:35
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Já que a Seleção Brasileira não ganha do Uruguai no Estádio Centenário desde 1976, ninguém melhor do que Luiz Felipe Scolari para escrever uma historia diferente. O técnico da Seleção Brasileira disse neste sábado que informou aos jogadores sobre o tabu como forma de motivar o elenco para a partida de domingo. E Felipão garante: gosta mesmo de quebrar tabus.

"Não ha maneira melhor de entrar para a história, eu costumo sempre trabalhar em cima disso", afirmou Felipão, que fará a sua estreia no comando da Seleção Brasileira. Segundo ele, os 12 dias de treinamento na Granja Comary, em Teresópolis, deixaram claro que ele e o grupo "estão falando a mesma língua".

Scolari disse que foi possível realizar um pouco de tudo aquilo que ele pretendia em Teresópolis,mas que as dificuldades acabaram sendo um pouco maiores do que as que ele esperava. Ele confirmou que tentou passar o máximo de confiança para os jogadores e que exige uma mudança de atitude no grupo a partir do confronto deste domingo à tarde: se os uruguaios jogam com garra, o Brasil também terá de jogar.

"É preciso mais do que técnica para ganhar um jogo deste tipo. Então, eu não tenho vergonha nenhuma de dizer: quero e exijo esse espirito uruguaio em todos os jogadores da minha equipe. Vamos ter vontade de sobra para conquistar um bom resultado", disse o treinador.

Espião - Felipão confirmou que tem todas as informações disponíveis sobre o Uruguai. "Se você quiser, eu te digo agora qual e o time que vai jogar", desafiou, confirmando a informação dada na véspera pelo coordenador técnico Antonio Lopes (de que a Seleção contou com o trabalho de espiões nos treinos fechados da Celeste em Maldonado). "Esse negócio de treino secreto não existe mais, tem gente até no telhado de casa fazendo anotacões". Scolari diz que sabe de cor o posicionamento dos uruguaios nas jogadas de bola parada e qual será a função de cada um dos11 jogadores escalados por Victor Púa.

Antes da entrevista, no saguão do Sheraton, Felipão pôde matar um pouco a saudade de um dos primeiros clubes que dirigiu, o Brasil de Pelotas, campeão do interior gaúcho em 1983. O técnico brasileiro ganhou um pôster do time no qual aparece na foto, ao lado do auxiliar, Murtosa. "Olha só, deste time aqui quatro jogadores viraram treinadores", dizia, orgulhoso.

Já na entrevista Felipão fez lembrar Telê Santana ao se irritar com a proximidade – e a quantidade – dos microfones dos repórteres de rádio e televisão. "Por favor, mantenham distância", disse, batendo no microfones exatamente como Telê fazia na época em que comandou a Seleção Brasileira.




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