Política Titulo Por cinco anos
Santander gerenciará folha da Câmara de Sto.André

Banco pagará R$ 267 mil ao Legislativo para administrar contas da Casa durante cinco anos

Por Humberto Domiciano
do Diário do Grande ABC
16/09/2017 | 07:00
Compartilhar notícia
Denis Maciel/DGABC


A Câmara de Santo André firmou contrato com o banco Santander pelo valor de R$ 267,6 mil para o processamento e gerenciamento da folha de pagamento do Legislativo. O acordo tem prazo de 60 meses e a expectativa da Casa é que até outubro a troca da instituição financeira seja concluída – atualmente o serviço é prestado pelo Banco do Brasil.

Para o presidente do Legislativo, o vereador Almir Cicote (PSB), a mudança traz vantagens financeiras para o município. “Ficamos surpresos e satisfeitos. É um benefício grande quando comparado com São Bernardo, que fechou acordo semelhante pelo valor de R$ 158 mil, por exemplo. No modelo que acertamos, a Câmara terá também um posto de atendimento bancário, para uso dos servidores e dos vereadores”, relatou. O socialista ainda analisa onde o dinheiro será empregado.

A alteração no gerenciamento das contas dos funcionários do Legislativo andreense resolve por tabela outro problema que vinha se arrastando nos últimos anos. O acordo com o Banco do Brasil havia terminado em 2014 e desde o ano anterior os ex-presidentes da Casa Donizeti Pereira (PV) e Ronaldo de Castro (PRB) abriram licitações que terminaram sem qualquer instituição financeira interessada.

Na visão de Cicote, isso ocorria devido à baixa atratividade do serviço. “Os bancos têm interesse maior em ficar com a conta da Câmara, mas, por determinação do TCE (Tribunal de Contas do Estado), é obrigatório contratar um banco público e o maior valor financeiro é a gestão das finanças da Casa (o que envolve aplicações financeiras, por exemplo). Mas o Santander adotou esta estratégia (de gerenciar a folha de pagamento do Legislativo) e estão fazendo em várias cidades, já ganharam em São Bernardo e estão chegando às outras Câmaras para ganhar esse tipo de conta, é uma forma arrojada para ganhar esse mercado”, completou o socialista.

Por outro lado, o vereador não acredita que o Legislativo possa sofrer punição pelo período em que ficou com contrato precário com o Banco do Brasil. “Não deve ter contestação porque a Câmara, por meio dos outros presidentes, já demonstrou boa vontade de fazer a licitação, mas ninguém apareceu para fazer a disputa. O TCE iria questionar se não tivesse ocorrido nenhum processo neste período”, concluiu.

BRASÍLIA
Nesta semana, a Câmara Federal concluiu a assinatura de contrato para o gerenciamento da folha de pagamento dos servidores. Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil dividirão os serviços, que devem gerar receita imediata de R$ 70 milhões, sendo que outros R$ 151 milhões deverão ser arrecadados no período de 60 meses 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;