Setecidades Titulo Meio Ambiente
Região mira observatório ambiental

Seminário dá primeiro passo para nortear políticas
públicas para solucionar problemas como poluição

Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
13/06/2017 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


A meta é fomentar a criação e a manutenção de observatório ambiental, instrumento capaz de referenciar políticas públicas para as sete cidades no que diz respeito à poluição ambiental e recuperação de recursos hídricos, por exemplo. Para alcançá-la, o GT (Grupo de Trabalho) Meio Ambiente, do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, começa hoje, com seminário, a definir indicadores capazes de avaliar o cenário de degradação do meio ambiente do Grande ABC e servirem de instrumento para a tomada de decisões voltadas à recuperação dos recursos ou à prevenção de problemas.

O cronograma de elaboração dos indicadores será definido a partir do seminário, explica o coordenador do GT Meio Ambiente e secretário-adjunto da Pasta voltada ao tema em Santo André, Murilo Valle. “De modo geral, não há indicadores de forma consolidada na região. Nossa expectativa é ter um planejamento a curto prazo e, a médio prazo, pensar em soluções regionais a partir de um observatório ambiental.”

Para o coordenador do GT Meio Ambiente, o primeiro ponto é trabalhar a sensibilização das pessoas, principalmente dos gestores públicos. “Um dos eixos centrais tem de ser a Educação Ambiental e isso pode ser feito de maneira regional, já que temos grandes problemas comuns, como, por exemplo, a questão da água, a própria Represa Billings, e a gestão dos resíduos sólidos.

Na região, é latente a necessidade de se reduzir a emissão de poluentes na atmosfera, revela estudo do Consórcio. O transporte rodoviário (veículos de modo geral) é o que responde pelo maior índice de emissão de gases de efeito estufa nas sete cidades, com 60% . Juntas, as sete cidades liberam 9,8 toneladas de por ano.

“Um dos desafios que considero mais significativos e que certamente vamos conseguir quantificar com os indicadores é a questão da poluição do ar, algo que a gente não percebe”, destaca Valle.
Outro ponto que merece atenção redobrada, conforme Valle, é a poluição dos recursos hídricos. Dos nove rios, córregos e lagos existentes no Grande ABC, quatro têm situação ruim e cinco estão regulares, conforme estudo da Fundação SOS Mata Atlântica divulgado em março. “Esse é um problema mais visível. A própria legislação federal é negligente em relação à quantidade de efluentes que pode ser liberada no corpo d’água”, ressalta.

SEMINÁRIO

O evento, que integra as comemorações do mês do meio ambiente, ocorrerá entre 9h e 17h, na sede do Consórcio (Avenida Ramiro Colleoni, 5, Centro, em Santo André). Estão previstas palestras e, ao fim do dia, a realização de debate técnico e elaboração de propostas de ações regionais. 




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