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Em três horas, o mundo viveu em paz com Dalai Lama
Por Marisa Marega
Do Diário do Grande ABC
30/04/2006 | 09:27
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Um sábado inesquecível. Mesmo para quem por dever de ofício evita adjetivos, foi o que aconteceu. A célebre Catedral da Sé – ponto de encontro da resistência à ditadura – voltou a reunir pessoas das mais diversas cores e credos. Tudo porque estava lá dentro o líder espiritual do Tibete, e do budismo, Dalai Lama.

E mais outros representantes de diferentes tradições religiosas. Rabino Henry Sobel, pela Congregação Israelita Paulista, Bispo Adriel de Souza, Presidente do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs, Sheik Aramando Hussein Saleh, Missionário pela Paz Mundial, Swami Sumir Lanan Kama, pelos Hare Krishna, e o anfitrião. Dom Cláudio Hummes.

Fora, dezenas de pessoas tentavam entrar com diferentes argumentos: "Sou budista, vim do Mato Grosso." "E eu vim do interior. Estou revoltado. Tem muita gente aí dentro que nem sabe o que é budismo."

O fato é que a cerimônia chegou ao ápice quando Dalai Lama começou a falar. Foram momentos de emoção e devoção. Ao meu lado, uma senhora sentada em uma cadeira começou a fazer reverências seguidas. Todos em volta se comoveram. E acharam um jeito de ir empurrando a devota e a cadeira para a frente do altar.

E a pregação foi básica mas eficiente: tratou de amor, compaixão e tolerância. Seja em relação às religiões ou aos conflitos humanos.

A sra. Ategen Mong, de 88 anos – a que foi levada de cadeira para o centro do palco e que veio da Mongólia há cinco anos, finalmente falou com a ajuda da neta intérprete: "Eu vi Deus."

E a noite nasceu feliz!!!




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