A Uniban, de acordo com o diretor do campus ABC, Fernando Jorge Ferreira, 42 anos, está oferecendo várias alternativas para os alunos, que variam de curso para curso. Por exemplo, no caso de engenharia química, uma hipótese é o aluno optar por outra habilitação do curso: mecatrônica, telecomunicação ou civil, e ter descontos de 50% nas mensalidades deste e do próximo ano, e 30% nos dois últimos.

Embora a direção alegue que todos os alunos em questão foram comunicados entre os dias 14 e 15 últimos, pelos respectivos coordenadores dos cursos, muitos deles não confirmam. “Ninguém ligou para a minha casa. Fiquei sabendo da extinção da turma por alguns amigos de sala. Tem gente que na segunda quando chegar não vai acreditar”, disse, sábado, Lucenildo Afonso dos Santos, 26 anos, de São Bernardo, aluno do segundo ano de engenharia química, enquanto aguardava por uma reunião com o diretor do campus ABC.

Antes da reunião de sábado de manhã, cerca de dez alunos de engenharia química mostravam-se apreensivos com a situação. “As aulas começam segunda, e outras faculdades já encerraram as inscrições. Moro em Mauá e não tenho como ir estudar em São Paulo ou em Santos”, afirmou Christiane Vanessa dos Santos, 19 anos, do mesmo curso.

Ainda segundo Ferreira, o diretor acadêmico da área de Exatas na Uniban, Eduardo Damasceno, estaria em negociação com outras instituições que mantêm o curso de engenharia química para tentar a transferência dos alunos, casos das faculdades Mauá, em São Caetano, FEI, em São Bernardo, e Oswaldo Cruz, em São Paulo. “Demos o prazo até terça para eles conseguirem outra faculdade para nós”, afirmou Rodrigo Rodrigues, 23 anos, de São Bernardo.

A situação mais confortável é dos alunos de fonoaudiologia. Segundo Ferreira, os universitários foram transferidos para o outro campus da Uniban – Maria Cândida –, em São Paulo, e hoje já estariam freqüentando as aulas normalmente.