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Fábrica de Cultura segue com obras atrasadas

Espaço deveria ter sido entregue em junho; população crítica demora na conclusão dos trabalhos

Por Nelson Donato
do Diário do Grande ABC
27/09/2016 | 07:07
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Marina Brandão/DGABC


Prevista para ser entregue no início de junho, a Fábrica de Cultura de Diadema, no Centro, segue com obras em ritmo lento. O equipamento, orçado em R$ 13,5 milhões, e cujo objetivo é fornecer novas opções de lazer para a população por meio de atividades artísticas e culturais, é o primeiro a ser construído fora da Capital. No entanto, a demora na conclusão das intervenções tem sido alvo de críticas dos munícipes.

De acordo com a administração municipal, a Fábrica de Cultura terá área de cerca de 4.500 metros quadrados, dividida em dois blocos. No espaço, os moradores de Diadema terão acesso a salas de ateliê, biblioteca com acervo de 2.000 livros, computadores conectados à internet, cursos de iniciação artística e cultural e teatro com capacidade para 300 pessoas.

Na manhã de ontem a equipe de reportagem do Diário esteve no local e constatou o atraso das obras, iniciadas em junho de 2014. Embora houvesse alguns operários trabalhando na construção, ainda há muito o que ser feito. O edifício necessita de acabamento e o terreno adjacente ainda tem montanhas de areia e blocos de concreto. O transtorno estende-se para a calçada, que está com mato alto e entulho próximo a uma das entradas.

A principal reclamação dos moradores e comerciantes é o atraso das obras. Para o segurança Benedito dos Santos Assis, 45 anos, as promessas feitas para a população deveriam ser cumpridas. “Eu ouço bastante conversas no local que eu trabalho sobre a demora para terminar esse prédio (da Fábrica de Cultura). Apesar de ser algo bom para a população, infelizmente os políticos não cumprem as suas promessas”, contou.

Apesar dos transtornos, Assis destaca a importância do espaço para a cidade. “Esse projeto é muito legal e vai servir principalmente para a juventude. Antes dessa obra tinha uma praça aqui que atraia muitos usuários de drogas e só dessas pessoas não frequentarem mais as redondezas já é um ganho enorme.”

A estudante Gabriela Silva, 16, mora próxima da Fabrica de Cultura. Segundo ela, a expectativa da vizinhança para a inauguração do local é grande. “Está todo mundo bem ansioso para começar a usar o espaço. O problema é que está demorando muito, apesar de ter gente trabalhando aqui todos os dias. Agora é esperar para ver quando vão terminar.”

Questionado sobre o assunto, o governo do Estado não determinou data para o término das obras. “O ritmo dos serviços foi compatibilizado à disponibilidade de recursos financeiros, uma vez que, como é de conhecimento geral, a crise econômica pela qual passa o Brasil afetou a arrecadação em todas as esferas do poder público. Dessa forma, a atualização do cronograma depende também da melhora das condições econômicas do País”, disse em nota.

Conforme o Estado, a maior parte dos serviços externos foi concluída e os operários trabalham no interior da edificação. A contrapartida da Prefeitura é o terreno.  




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