Integrantes do PT manifestaram nesta terça apoio ao vereador Aldo Santos (PT), envolvido no episódio da invasão do terreno da Volkswagen, em São Bernardo, em julho de 2003. O vereador e outros três líderes sofrem uma ação do Ministério Público do Estado (MPE) por incentivar a invasão de um terreno particular e uso ilegal de carro oficial da Câmara Municipal.

O presidente municipal do PT, José Albino, disse que o partido defenderá o parlamentar. “Vou procurar o vereador Aldo e conversar com ele para ver o que o partido pode fazer”, disse.

O líder do PT na Câmara, vereador Tião Mateus, disse que a bancada divulgará uma nota de apoio. “A bancada pensa em fazer uma nota de apoio porque o Aldo não cometeu crime algum ao defender os sem-teto. O fato de ele ter tirado pessoas lá de dentro não compromete o seu desempenho como vereador.”

Para o ex-vereador Melão Monteiro, o MPE está fazendo uma avaliação mais política do que jurídica ao mover a ação. Ele critica a argumentação do MPE, que se utiliza de legislação estadual para definir o uso de carros oficiais entre 7h30 e 18h06. “Eu vi uso de perua da Câmara para transportar doente às 5h da manhã, em vez de (o vereador) lutar por mais leitos hospitalares para a população. Nunca vi o MPE se envolver em outros usos do carro oficial e, neste caso, o MPE acata esse tipo de denúncia”, disse. O vereador José Ferreira acredita que os vereadores petistas apoiarão Aldo.

Nesta terça, o advogado do vereador, Horácio Neto, tomou conhecimento da ação e disse que o parlamentar terá direito a uma manifestação prévia antes mesmo da citação formal para que Aldo conteste a acusação. “Não há conotação de improbidade do vereador. Ele está, na verdade, exercitando melhores condições de vida”, disse Neto.

Aldo disse que na quinta-feira terá uma reunião para discutir a ação que sofre do MPE. O vereador cobrou nesta terça uma posição sobre a sindicância que a Câmara fez sobre o assunto da qual os promotores se utilizaram de algumas informações para formular a ação.

“Eu conversei com o Laurentino (presidente da Câmara) e eles me isentam. A Promotoria usa depoimentos da sindicância como prova, mas há uma sindicância interna me isentando disso”, disse. Laurentino não se pronunciou nesta terça sobre o resultado da sindicância e disse que nesta quarta divulgará esse dado por escrito.