``Big Brother', um fenômeno na Holanda, Alemanha e Espanha, chegou aos Estados Unidos na esteira do atual grande sucesso televisivo ``Survivor'. Com o objetivo de superar o atual campeao de audiência, a emissora CBS programou cinco exibiçoes semanais. Nelas, o público tem de decidir a sorte das dez pessoas reclusas durante três meses em uma casa, sob o olho onipresente das câmeras.

Em troca de exibir suas intimidades, cinco homens e cinco mulheres cuidadosamente selecionados entre mais de mil candidatos competem por um prêmio de US$ 500 mil, que será entregue ao último que ficar na casa, ao final de um processo de eliminaçao interativo e quinzenal.

Vinte e oito câmeras, algumas equipadas com visao noturna, e 60 microfones estrategicamente espalhados pela moradia, no jardim e na piscina - um dos poucos luxos do lugar - exercerao uma vigilância permanente sobre cada um de seus ocupantes, registrando o menor movimento, gesto ou palavra.

O único contato dos inquilinos com o exterior será feito através da ``Red Room', um confessionário onde serao convocados um a um pelo ``Grande Irmao' para narrar sua experiência ou votar contra seus companheiros.

Sem contar com roteiros, a concepçao deste drama 'orwelliano', como a produtora holandesa original Endemol classificou, é em ``parte um experimento social, em parte uma telenovela da vida real e em parte competiçao', e privilegia os amores, os ódios e os conflitos de todos os tipos. Ninguém pode prever o que vai acontecer.

``É uma aventura em que tudo é inesperado', explicou um de seus criadores e produtor executivo da versao americana, Paul Romer, à New York Times Magazine.

Os americanos (e quem mais estiver) interessados neste polêmico programa também terá a oportunidade de acompanhar a disputa 24 horas por dia através do endereço bigbrother2000.com.