Quinze pessoas morreram na Turquia durante a última semana em confrontos entre manifestantes curdos e policiais que começaram no sudeste do país e chegaram à capital Istambul.

Entre os incidentes registrados, duas pessoas morreram e outras 26 ficaram feridas, incluindo 18 oficiais, nos choques de domingo, declarou o governador de Mardin (sudeste), Mehmet Kiliclar.

Confrontos isolados também foram registrados no domingo em Kiziltepe e Nusaybin, duas pequenas localidades na fronteira com a Síria, onde 58 pessoas foram detidas.

Em Istambul, um ataque com coquetéis molotov contra um ônibus no subúrbio de Bagcilar deixou três mortos. Uma idosa que tentava escapar do ônibus morreu atropelada por um carro. Outros dois corpos foram retiradas dos destroços do ônibus, que bateu em um caminhão.

Das dez pessoas que morreram no sudeste da Turquia desde o início da onda de violência, terça-feira passada, três eram crianças. Dezenas de pessoas ficaram feridas, incluindo muitos policiais.

Esta é a crise de violência mais sangrenta na região nos últimos 12 anos. Em junho de 2004, o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) anunciou o fim de uma trégua de cinco anos. O PKK iniciou em 1984 uma campanha armada para obter a independência da região curda, em um conflito que custou 37 mil vidas.