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Violência no Iraque deixa 71 mortos em um único atentado
Da AFP
29/04/2007 | 13:56
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O balanço do atentado sangrento que abalou na noite de sábado a cidade santa xiita de Kerbala, ao sul de Bagdá (capital iraquiana), chegou neste domingo a 71 mortos e 178 feridos. O exército americano também anunciou a morte de nove de seus soldados.

No âmbito político, o Irã anunciou sua participação na conferência internacional sobre a reconstrução no Iraque, que acontece na próxima semana em Sharm el-Sheikh, no Egito. O iraniano Ali Larijani, um alto responsável pela segurança, chegou neste domingo a Bagdá para preparar esta reunião. A conferência está prevista para os dias 3 e 4 de maio.

Além dos países vizinhos do Iraque, são esperados no Egito os representantes das Nações Unidas, da União Européia e os membros do G8 para estudar os meios de estabilizar a situação no país devastado pela guerra.

Em Kerbala, foi instaurado um toque de recolher proibindo a circulação de carros, e somente quatro vias de entrada na cidade foram abertas.

Neste sábado, um carro-bomba dirigido por um camicase explodiu nesta cidade, a 200 metros da entrada do mausoléu do imã Abbas. Kerbala abriga também os mausoléus de vários imãs, entre eles o do imã Hussein, uma das personalidades mais veneradas do Islã xiita.

“Encontramos os corpos de 71 pessoas mortas na explosão: 53 homens, cinco mulheres, cinco crianças e oito pessoas não identificadas”, declarou Salim Kazim, porta-voz do ministério da Saúde em Kerbala. “Uma menina iraniana de dois anos e quatro cidadãos indianos estão entre as vítimas”, acrescentou. “Cento e setenta e oito pessoas, entre elas 20 mulheres, foram feridas”, destacou Kazim.

O exército americano também anunciou a morte de nove soldados nas últimas 48 horas em atentados e combates em Bagdá e na província de Al-Anbar (oeste), feudo da insurreição sunita.

Com 91 militares mortos, o mês de abril foi um dos mais sangrentos dos quatro últimos anos para o exército americano.

Outros casos - A violência não deu trégua neste domingo no Iraque: uma famosa jornalista da televisão pública iraquiana, Amal al-Muderas, foi baleada diante de sua casa em Bagdá. Ela foi hospitalizada em estado crítico no hospital de Yarmuk. Informações contraditórias circularam sobre seu estado. Fontes de segurança chegaram a anunciar sua morte.

Cento e cinqüenta e oito jornalistas e fotógrafos, em maioria iraquianos, foram mortos no Iraque desde a invasão americana de março de 2003, segundo um balanço estabelecido no início de abril pela organização Repórteres Sem Fronteiras.

Além disso, três funcionários municipais foram mortos neste domingo no bairro sunita de Adamiyah. Outros dois operários que estavam indo ao trabalho morreram e outros sete ficaram feridos quando uma bomba caseira explodiu na passagem de seu microônibus em Zafaraniyah, no sul de Bagdá.

Um policial também foi morto e dois ficaram feridos quando sua patrulha foi alvo de tiros em Kut, 195 km ao sul da capital.



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