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Fundação investiga se rapaz morreu vítima de dengue hemorrágica
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18/07/2006 | 00:08
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A Fundação Oswaldo Cruz divulga quarta-feira o resultado do exame sorológico do mecânico Cristiano Soares de Almeida, que morreu na madrugada de domingo, sob suspeita de ter contraído dengue hemorrágica. Caso a morte pela doença seja confirmada, será o sexto caso neste ano.  Almeida tinha 24 anos e apresentou febre, vômitos, dores no abdômen e no peito, placas vermelhas no corpo – todos os sintomas clássicos da doença.

Apesar disso e de o exame de sangue ter indicado nível baixo de plaquetas, um dos principais sintomas da dengue hemorrágica, o rapaz foi liberado pelo Hospital Municipal de Magé na quinta-feira, depois de ser reidratado com soro.

Segundo o subsecretário de Saúde de Magé, Carlos Ney Ribeiro, nas duas vezes em que Cristiano procurou o hospital não apresentava quadro de internação. Ainda segundo a secretaria, o município aguarda desde janeiro uma autorização da Vigilância Sanitária Estadual para uma unidade armazenadora, que está sendo construída. “Vamos inaugurá-la no máximo em 90 dias”, disse Ribeiro.

A Secretaria Estadual de Saúde contestou o subsecretário, afirmando que as obras para o hemocentro estavam incompletas. Em março, uma equipe da Vigilância Sanitária esteve no local e solicitou um cronograma de adequação, que deveria ter sido apresentado em 30 dias, o que não ocorreu. A secretaria informou também que o HemoRio enviou todos os materiais pedidos pelo Hospital de Magé.

A prefeitura alegou ainda que, quando Almeida retornou ao hospital, na sexta-feira, com um quadro ainda mais grave, foi novamente medicado com soro e ficou internado, à espera de transfusão de sangue, mas morreu horas depois, antes da chegada do material do HemoRio.

Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde, até o dia 5 de julho haviam sido notificados pelas prefeituras 26.712 casos de dengue desde o início do ano no Estado do Rio de Janeiro. Os municípios mais afetados são a capital, com 12.255 casos, Angra dos Reis, com 5.783, e Parati, com 2.708. Em Magé, foram registrados 281 casos até essa data.

Entre esses números, 36 registros foram de dengue hemorrágica, variação mais agressiva da doença.              



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