Rebeldes islamitas mataram durante a madrugada três militantes do partido pro-indiano Conferência Nacional (CN) no povoado de Jaktial, distrito de Kupwara, informou a polícia. Outro partidário da CN foi ferido a tiros.
Esses ataques ocorreram um dia depois da terceira etapa das eleições regionais em Jammu-Caxemira, único Estado da União indiana com maioria muçulmana. A quarta e última fase destas eleições se realizará terça-feira próxima.
A votação é rechaçada violentamente pela guerrilha islamita pro-paquistanesa, à qual Nova Délhi atribuiu pelo menos 27 ataques na terça-feira, que causaram um total de 21 mortos, quando 1,81 milhão de eleitores estavam convocados para votar em quatro distritos.
A primeira explosão desta quarta-feira de manhã nos subúrbios de Jammu teve como alvo um ônibus que transportava peregrinos hindus para o santuário de Mata Vaishno Devi. O veículo se incendiou imediatamente, informou o motorista, que sobreviveu ao atentado.
Um homem e uma mulher morreram, enquanto 24 feridos foram hospitalizados. Várias pessoas resultaram mutiladas, precisou um médico.
Como é o caso habitualmente, as autoridades assinalaram imediatamente como responsáveis pelos ataques dois grupos pan-islamitas, o Lashkar-e-Taiba e o Jaish-e-Mohammed, segundo declarações do diretor geral da polícia da Caxemira indiana.
Pouco depois, um porta-voz da Força de Segurança Fronteiriça da Índia (FSF) anunciou que cinco soldados tinham morrido e um sofrido ferimentos quando o veículo em que viajavam foi destruído pela explosão de uma mina no setor de Tral, a 40 km de Srinagar, capital de verão da Caxemira indiana.
Desde que se anunciou a eleição regional, no dia 2 de agosto, 636 pessoas morreram na parte indiana da Caxemira, entre as quais 40 militantes políticos que participavam no processo eleitoral.
O território da Caxemira, situado no Himalaia, está dividido desde 1947. A Índia controla mais ou menos os dois terços do território e o Paquistão um terço. Uma violenta rebelião separatista existe desde 1989 na parte indiana da região, onde a população é majoritariamente muçulmana.
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