Mais requinte, espaço e sofisticação. É isso o que cerca de 40% dos consumidores do Grande ABC têm buscado em um imóvel. Para atender essa demanda, é cada vez maior o número de empreendimentos de alto nível lançados na região. Dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio) mostram que a quantidade de unidades com esse perfil saltou 68,23% entre 2009 até fim do ano passado, saindo de 1.451 unidades para 2.441.

Atualmente os apartamentos menores, com dois quarto, ainda são os mais procurados, com 60% da preferência dos clientes. No entanto, é cada vez maior o número de interessados em amplos espaços, com mais um cômodo. "O público B, que estava carente de imóveis, está sendo observado mais de perto agora", diz Aparecido Viana, dono de imobiliária na região.

Conforto é a palavra de ordem na hora de escolher o novo lar. Porém, empresários ouvidos pela equipe do Diário apontam que a proximidade para fazer compras e lazer também são fundamentais na hora de negociar um apartamento. "Terraço gourmet, ampla área de lazer e locais para compras. É isso que os clientes perguntam na hora de fechar negócio", enumera Viana.

O incorporador de São Bernardo Milton Casari completa que o conceito de "condomínio clube", que agrega tudo o que o morador precisa no mesmo lugar, também tem ganhado força. "Mas isso varia muito. Existem, por exemplo, muitos consumidores que preferem empreendimentos com menos número de torres e poucos apartamentos por andar", diz.

Unir conforto e comodidade não custa pouco no Grande ABC. Para comprar um apartamento nestas condições, com cerca de 100 m² é preciso desembolsar entre R$ 400 mil e R$ 600 mil.

"É um público que aceita pagar isso, porque durante muito tempo esteve carente desse tipo de imóvel na região", lembra Viana.