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Pólo de Capuava vive momento decisivo
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
07/04/2007 | 07:02
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O Pólo Petroquímico de Capuava vive um momento decisivo para o fortalecimento da atividade no Grande ABC. A Unipar – controladora da Petroquímica União, de Santo André – e a Suzano Petroquímica, que tem fábrica em Mauá, aceleraram as negociações com a Petrobras com a meta de ter na região uma grande empresa integrada, que unificaria ativos de diversas companhias por meio de uma recomposição acionária.

Segundo o presidente da Unipar, Roberto Garcia, as conversas já vinham sendo travadas mas ganharam intensidade após a recente aquisição das operações petroquímicas do grupo Ipiranga (a Copesul) em Triunfo (RS), pela Petrobras e pela Braskem.

Como a Braskem já é dona da Copene, em Camaçari (BA), a venda da Ipiranga significou a criação de um forte bloco empresarial e que integra atividades de primeira geração (itens básicos, como eteno e propeno) e de segunda geração (como as resinas polipropileno e polietileno) nas duas centrais produtoras de petroquímicos – hoje são apenas quatro no País – no Nordeste e no Sul.

"É um modelo empresarial diferente do que temos no Grande ABC", explica Garcia. Além do Pólo de Capuava, a outra central produtora brasileira é a Rio Polímeros, em Duque de Caxias (RJ), que também possui suas operações integradas, mas tem tamanho pequeno na comparação com a Copene e a Copesul.

Para Garcia, o ideal para ganhar competitividade e não ficar para trás como competidor global seria esse modelo de gestão, com a participação da Petrobras – que é fornecedora de insumos (gás e nafta) para o setor – e que deve incluir ainda outras indústrias do ramo, como a Suzano Petroquímica.

Megaprojeto – Ao mesmo tempo em que negociam a integração de ativos na região, Suzano Petroquímica e Unipar conversam para serem sócias da estatal em outro projeto. A Petrobras planeja uma megacentral petroquímica, em Itaboraí (RJ), que deverá demandar US$ 8,5 bilhões e produzirá 1,3 milhão de toneladas anuais de eteno, além de outros itens de segunda geração, quando entrar em operação em 2012. "A nossa intenção é que tenhamos no País dois grandes blocos empresariais, um do Nordeste/Sul e outro do Sudeste. Não queremos perder essa oportunidade", afirmou Garcia.



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