Com a presença de Nelson Mandela, a cerimônia de encerramento da Copa do Mundo da África do Sul, ontem, no Estádio Soccer City - antes da decisão entre Holanda e Espanha - foi marcada pelos efeitos especiais, donos do espetáculo. O país anfitrião não economizou em recursos para fazer uma festa tecnológica.

A Fifa, mais uma vez, abusou de projetores, luzes e artistas de peso, como a cantora Shakira, que abriu o evento, cercada de bailarinos, cantando Waka Waka, a música tema da Copa 2010. Assim, a cerimônia teve maiores proporções do que as anteriores, a exemplo do que aconteceu na abertura.

Em um primeiro momento, a manchete de um jornal foi rasgada para dar lugar às imagens de jogos. Logo depois, uma quantidade de água fictícia acabou sugada do gramado. Supostos músicos invadiram o espaço e tocaram instrumentos gigantescos.

O Soccer City ainda foi palco de inúmeras projeções em vídeo no gramado. Protegido por um tecido, o campo virou um telão gigantesco, que reproduziu desde o mapa sul-africano até as bandeiras dos países participantes, passando por manchetes e imagens da competição.

A superprodução não é comum em Copas do Mundo. Tradicionalmente, a festa evita dividir a atenção com a partida decisiva. O show é mais característico nas olimpíadas, principalmente porque a competição poliesportiva não conta com evento principal que concentre as atenções.

No fim, Mandela foi a principal atração. O líder sul-africano não havia comparecido à abertura por causa da morte de sua neta. Ontem, o ex-presidente rompeu o luto e suas limitações físicas e entrou no gramado em um carrinho. (Com Agências)