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Amorim vai à Índia para ampliar intercâmbio e destravar OMC
Da Agência Brasil
07/04/2007 | 18:31
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Brasil, Índia, Estados Unidos e União Européia reúnem-se na próxima semana, em Nova Delhi, na Índia, em mais uma tentativa de impulsionar as negociações da Rodada Doha da OMC (Organização Mundial do Comércio). Na Índia, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, também participará da 3ª Reunião da Comissão Mista Brasil-Índia.

O encontro com a representante de Comércio dos Estados Unidos, Susan Schwab, o comissário europeu de Comércio, Peter Mandelson, e o ministro de comércio indiano, Kamal Nath, está marcado para o próximo dia 12. Em conversa com jornalistas, esta semana, Amorim destacou que não se trata de uma reunião de negociação e que avanços concretos ainda dependem de acertos bilaterais ou entre determinados grupos de países. Após visita aos Estados Unidos, no último final de semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que Brasil e Estados Unidos acreditam na viabilidade de um acordo nos próximos 30 dias.

A agenda de encontros da Comissão Mista Brasil- Índia ainda não está confirmada, mas, como nas reuniões anteriores, serão aprofundadas possibilidades de cooperação bilateral nos campos político, econômico, científico, tecnológico e cultural. Criada em agosto de 2002, a Comissão Mista reuniu-se anteriormente em outubro de 2003, em Nova Delhi, e em fevereiro do ano passado, em Brasília.

Apesar da crescente aproximação entre os dois países, o intercâmbio comercial ainda é pequeno. Apesar de ter mais de 1 bilhão de habitantes, a 2ª maior população do mundo, a Índia não está sequer entre os 12 principais destinos de exportações brasileiras. Tampouco figura na lista dos 12 maiores fornecedores do Brasil.

Em 2006, a corrente bilateral de comércio ficou em US$ 2,41 bilhões, com saldo negativo, para o Brasil, de US$ 537,36 milhões. As importações cresceram 22% em relação a 2005 – o óleo diiesel lidera a pauta, respondendo por 49% de nossas compras na Índia. Já as exportações brasileiras para a Índia caíram 17,61% em 2006, após um crescimento de 74,49% em 2005. Óleos brutos de petróleo e sulfetos de minério de cobre representam 37% da pauta de exportações.

Apesar dos números pouco favoráveis no ano passado, o balanço dos últimos quatro anos comprova a intensificação das relações entre Brasil e Índia. A corrente bilateral de comércio, que totalizava US$ 1,22 bilhões em 2002, praticamente dobrou. As exportações brasileiras para aquele país passaram de US$ 653,5 milhões em 2002 para US$ 936,5 milhões no ano passado. E as compras feitas pelo Brasil na Índia saltaram de US$ 573 milhões, em 2002, para US$ 1,47 bilhão em 2006.




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