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Eletroeletrônicos devem fechar o ano com crescimento
Por Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
07/12/2002 | 18:17
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Redes de lojas de eletroeletrônicos devem fechar o ano com resultados melhores do que o ano passado, apesar do cenário econômico de dólar alto e dos juros mais elevados em 2002. Muitas metas iniciais foram frustradas, mas o saldo ainda deve ser favorável e, para isso, as empresas contam com a ajuda de boas vendas no Natal e com a tendência de crescimento da demanda por itens como DVDs, celulares e TVs de tela plana.

Na rede Lojas Cem, que tem duas unidades na região, o acumulado do ano até novembro mostrava uma performance 2% superior em relação ao ano passado. “A idéia era crescer 15% em função de o ano passado não ter sido bom, mas houve várias incertezas, como o dólar na estratosfera e toda a preocupação eleitoral, que atrapalharam”, disse o supervisor geral, Valdemir Colleone.

Ele acrescentou que há boas expectativas para o Natal, já que toda a tensão eleitoral passou. O supervisor não revelou números das vendas, mas afirmou que neste ano há maior procura por DVDs, grandes televisores e telefonia celular. “As TVs com telas grandes são um sonho de consumo e com o aumento de violência, as pessoas procuram ter conforto maior dentro de casa”, disse.

A Casas Bahia espera crescer em vendas 11% no ano na comparação com 2001, e atingir um faturamento total de R$ 4 bilhões. A companhia, que já está estocada para o Natal e deve terminar o ano com 325 lojas, teve até setembro um crescimento de 256% na procura por DVDs e 15,7% na procura por TVs. A empresa prevê chegar a 1 milhão de televisores vendidos neste ano.

A tendência também é confirmada pelos dados da Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Eletroeletrônicos). A associação projeta para este ano a venda de 1 milhão de aparelhos de DVDs ante 600 mil no ano passado (alta de 67%) e 5 milhões de TVs, 8% mais que os 4,6 milhões (8% mais) de 2001. O presidente da Eletros, Paulo Saab, estima que todo o segmento tenha expansão de 1% a 1,5% em faturamento, alcançando valor próximo aos R$ 13 bilhões do ano anterior. Ele espera para 2003 um ritmo um pouco melhor, na faixa de 5%.

A Panashop, especializada em áudio e vídeo, deve crescer entre 18% e 20% neste ano, em relação ao ano passado. A rede mudou em 2002 seu perfil, em função da alta do dólar. Reduziu sensivelmente a comercialização de itens importados e, além de ser revenda exclusiva de produtos Panasonic, fez parceria com a Philips, para oferecer produtos nacionais sofisticados da marca, como modelos de televisores acima de 29 polegadas. Em 2001 a importação correspondia a 50% do que vendia e hoje corresponde a apenas 5%.

O diretor de marketing da rede, Robert Brentzel, disse que o diferencial para ter o forte crescimento é o fato de a Panashop não entrar na briga por preços com as grandes varejistas. “Desde o início da empresa, não vendemos produtos mas a satisfação ao consumidor. Focamos no público das classes A e B, que não procura preço, mas qualidade de atendimento.”

Isso signica agregar serviços de entrega 24 horas, que inclui a instalação e explicação do funcionamento do produto ao cliente. A rede mantém suporte sete dias por semana para tirar dúvidas dos consumidores sobre os aparelhos vendidos e uma área de pós-venda para checar se a pessoa está satisfeita. Outra empresa do grupo, a Best Mix, que é multimarca na área de eletrodomésticos, deve crescer ainda mais neste ano, em torno de 50%, também com o mesmo diferencial: serviços e a forte preocupação com o pós-venda.




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