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Caminhões passam por bloqueios na Via Anchieta

Acesso à margem direita do Porto de Santos é impedido por causa de incêndio; medida deve durar até o fim da semana

Por Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
07/04/2015 | 07:00
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Atualizada às 12h45

O acesso de caminhões para a margem direita do Porto de Santos está interditado desde ontem devido ao incêndio no complexo industrial da Alemoa, na Baixada Santista, que já dura cinco dias. Com a medida, a Polícia Rodoviária realiza dois bloqueios na Rodovia Anchieta, um no km 40 e outro no km 59. Foi registrada média de dez quilômetros de congestionamento na parte da manhã e dois à tarde. A previsão é que o acesso permaneça fechado até sexta-feira.

Segundo a prefeitura de Santos, a decisão foi tomada pelo Gabinete de Integração, que reúne órgãos municipais, estaduais e federal. A medida foi adotada para que caminhões não tentem o acesso por dentro da cidade, já que o viaduto no bairro Alemoa está interditado. Caminhões que têm como destino a margem esquerda ou outras cidades do Litoral seguem normalmente. Veículos de passeio e ônibus também estão liberados.

Conforme o tenente-coronel Carlos Alberto dos Santos, comandante do 1º BPRv (Batalhão de Policiamento Rodoviário), o procedimento é uma abordagem aos motoristas. “Fazemos a triagem perguntando qual é o destino. Se for a margem direita do porto, ou faz o retorno por meio da alça de integração com a Imigrantes ou procura local para estacionar e aguardar”, explicou.

Segundo o tenente-coronel, há exceções se o transporte for de produtos perecíveis ou de medicamentos, alimentos e combustível para abastecimento local.

A equipe do Diário esteve no bloqueio na parte da tarde e conversou com alguns caminhoneiros. Fábio Spinoza, 40 anos, que vinha do Centro da Capital, precisou retornar. “Eu ia pegar a carga, mas não vou conseguir. Por causa disso, vou deixar de ganhar mais ou menos R$ 600.”

Janir Lázaro, 38, seguia para o Guarujá, mas ficou parado no trânsito. “Estou aqui há uma hora e meia e ainda não desci a serra. Faria todo o trajeto em uma hora.”

Outro que reclamou da demora foi Thiago Moreira, 28, que ia até São Vicente. “Estou parado aqui a meia hora e ainda não descarreguei. Acredito que se continuar nos próximos dias, a empresa vai ter prejuízo,”

“Demorei mais de uma hora no percurso do Rodoanel até aqui. Estou indo até Cubatão e acho que enquanto estiver assim, vamos perder tempo”, disse Bruno Roazi, 23.

A Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), juntamente com a Ecovias, pedem "para que os embarcadores, empresas transportadoras e caminhoneiros que tenham como destino a margem direita do Porto de Santos evitem realizar o deslocamento até o Sistema Anchieta-Imigrantes enquanto durar a restrição de acesso ao Viaduto Alemoa, em Santos. O objetivo é evitar grande aglomeração de veículos pesados no sistema rodoviário. Esse volume de caminhões traria impactos ao tráfego da Baixada Santista e também na região de Planalto, afetando diretamente a mobilidade das regiões e os deslocamentos de moradores locais e outros usuários da rodovia."

A Ultracargo, empresa responsável pelo terminal do incêndio, afirmou que o fogo atingia dois tanques que contêm exclusivamente gasolina. Os trabalhos para o isolamento da área e contenção do fogo prosseguem sem interrupção. A operação conta com sete rebocadores que auxiliam na captação de água do mar e abastecem os caminhões de combate a incêndio. 

Na madrugada de ontem, a Polícia Rodoviária realizou a escolta de caminhões que estavam no pátio em Cubatão, aguardando para descarregar. Havia  média de 1.000 veículos no local e a polícia esperava conseguir levar metade deles.




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