Economia Titulo Licenciamentos
Venda de carros novos recua 13,8% em julho

É o pior resultado desde 2009, diz Fenabrave; montadoras adotam lay-off no Interior

Da Redação
02/08/2014 | 07:25
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O mercado de veículos novos (automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus) apresentou melhora a partir da segunda quinzena e encerrou julho com vendas de 294,8 mil unidades, alta de 11,8% em relação a junho, mas 13,8% menor que os números de um ano atrás. Foi o pior resultado para o mês de julho desde 2009.

No ano, a queda acumulada subiu para 8,6%. De janeiro a julho foram licenciados 1,957 milhão de veículos e, no mesmo período de 2013, 2,141 milhões. No primeiro semestre, a queda estava em 7,6%.

Em razão do fraco desempenho, as montadoras seguem adotando medidas de corte de produção. A partir de segunda-feira, a Ford colocará em lay-off (suspensão temporária dos contratos) 108 funcionários da fábrica de motores em Taubaté, no Interior. A unidade emprega cerca de 1.800 mil pessoas. O grupo ficará fora por cinco meses. A medida, por enquanto, não será aplicada em São Bernardo.

A General Motors negocia o lay-off para cerca de 1.000 trabalhadores da filial de São José dos Campos, no Interior, onde trabalham 5.400 funcionários. O sindicato dos metalúrgicos local é contra a medida que, para ser adotada, precisa de acordo entre as partes. Na próxima semana, empresa e sindicato vão se reunir para discutir o assunto. Em São Caetano, por ora, também não há a aplicação da medida. Mas 1.200 profissionais estiveram em férias coletivas em julho, depois de 6.000 saírem em abril.

As montadoras do Grande ABC que adotaram lay-off foram a Volkswagen, de São Bernardo, que deixou em casa 900 trabalhadores desde maio, até setembro, e a Mercedes-Benz, da mesma cidade, que desde 1º de julho suspendeu temporariamente o contrato de 1.000 a 1.400 pessoas, até novembro.

A Fiat vai dar novo período de férias coletivas de dez dias a parte dos funcionários da fábrica de Betim (Minas Gerais). A empresa ainda não divulgou o número de envolvidos, mas informa que 10 mil veículos deixarão de ser produzidos. As medidas visam frear a produção em razão da baixa demanda e não elevar ainda mais os altos estoques. No fim de junho, fábricas e concessionárias tinham nos pátios o equivalente a 45 dias de vendas.  (com Estadão Conteúdo)




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