A deputada estadual Vanessa Damo (PMDB) voltou a associar o prefeito de Mauá, Donisete Braga (PT), ao assassinato de Celso Daniel (PT), prefeito de Santo André. O crime ocorreu em 2002. Em vídeo divulgado em redes sociais, a peemedebista diz que o caso voltará a ser investigado e que o petista “possivelmente” aparecerá “como um dos envolvidos”.

As imagens foram gravadas na noite de terça-feira, horas depois de o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) manter a condenação a Vanessa por crime eleitoral e cassar o mandato da peemedebista justamente por ligar o petista ao caso em panfleto negativo, na eleição de 2012. O material apócrifo distribuído sugeria a participação de Donisete – então seu adversário no pleito – no crime. A sentença é resultado de processo movido pelo prefeito contra a peemedebista, que nega a autoria do material.

O vídeo, gravado por seu marido, o presidente do PMDB mauaense, José Carlos Orosco Júnior, mostra queima de fogos em frente seu apartamento e, em seguida, Vanessa aparece irritada acusando Donisete de comemorar sua derrota na Justiça Eleitoral e, de quebra, volta a atrelar o prefeito ao assassinato do petista. “São dez horas da noite e minhas filhas, dois bebês, (estão) dormindo. E o prefeito Donisete Braga soltando rojão porque a Justiça decidiu contra o meu mandato por um panfleto que não fui eu quem fiz, pela morte do Celso Daniel. (O caso) Agora vai ser investigado novamente e possivelmente vai colocá-lo como um dos envolvidos no crime”, diz a deputada no vídeo. Na gravação, Orosco também acusa o empresário Beto Peralta, próximo de Donisete, de soltar os fogos.

Procurado, o chefe do Executivo não quis comentar o assunto. O Diário não conseguiu localizar Peralta para falar sobre o caso.