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Cada cabeça com seu capacete

Diversos modelos e estilos são adequados para determinado tipo de pilotagem; veja o seu

Lukas Kenji
Especial para o Diário
04/07/2012 | 07:00
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O capacete é equipamento obrigatório para o motociclista. Na eventualidade de um acidente é dele a missão de evitar que o condutor sofra graves lesões, uma vez que protege a cabeça. Ao longo doa anos, o item passou a receber investimentos tanto em design e estilo quanto em materiais mais tecnológicos e resistentes para que o motociclista se sinta mais seguro. Existem diversos tipos de capacetes, e cada um se associa melhor a determinados modos de condução.

Aliás, este é o primeiro passo para estar mais seguro, segundo o gerente de vendas da Taurus Capacetes, Gianfranco Ugo Milani. "Os usuários escolhem os acessórios em razão do tipo de motocicleta que possuem, mas também deveriam levar em conta o tipo de condução, mas no Brasil este quesito é pouco levado em conta."

Seja na estrada, seja em centros urbanos, haverá sempre um capacete adequado à forma de pilotagem. "Para uso urbano, com pilotagem em baixa velocidade, o motociclista deve optar por um modelo com menos aerodinâmica. Já para o uso em estradas, com manejo em alta velocidade, ele deve optar por um modelo com o casco mais leve e design mais aerodinâmico, com menos arraste do vento, evitando trepidação", dá a dica o diretor comercial da IRA Design, Caio Fontana.

Um material que tem feito sucesso por sua leveza é o multifibras, também conhecido como laminado. O capacete com este material também é mais resistente do que os chamados injetados, porém, são mais caros devido ao preço do material e do maior tempo de produção.

Quem usa a magrela na terra tem uma opção específica. São os capacetes fora de estrada, que tem uma estrutura arrojada para que o motociclista adepto ao motocross não seja atingido por pedras ou atrapalhado pela poeira. Eles podem ser encontrados com ou sem viseira. Se optar pela não utilização dela, o condutor deve usar um óculos auxiliar para proteger a região dos olhos (veja mais detalhes na tabela abaixo).

Eleito o capacete que mais condiz com a pilotagem, vale lembrar um item básico: o capacete deve receber o selo de certificação do Inmetro. Segundo especialistas, tem muita gente comprando modelos falsificados por aí. "Há consumidores que acham que estão fazendo um excelente negócio comprando produtos com preços baixos, que na verdade são falsos, e, na hora em que estes produtos são colocados a prova, na ocasião de quedas, infelizmente o resultado é o pior possível."

Outro erro que o motociclista não pode cometer é não substituir seu capacete depois de um acidente. Os especialistas lembram que uma vez sofrido um dano, mesmo que pequeno, o item de segurança deve ser trocado por um novo.

Cuidado, ciclistas!

Quem trafega sobre duas rodas deve ter atenção redobrada. De acordo com o SUS (Sistema Único de Saúde), o custo com internações de motociclistas chegou a R$ 96 milhões em 2012, número 113% superior em comparação com 2008. O problema é que o perigo está afetando cada vez mais quem trafega com bicicletas. Segundo a Secretaria de Saúde do Estado, apenas no ano passado, 3,400 ciclistas foram internados vítimas de acidente de trânsito. A cada dia, um ciclista internado morre em todo o estado.

Motorizado ou não, o veículo de duas rodas é o mais frágil na relação social do trânsito, tornando-se mais propício a acidentes. É o que pensa a especialista em segurança veicular Salete Romero, que vê como causas dos números alarmantes fatores como transporte público ineficaz, facilidade de compra e inexperiência dos condutores. São 68% de motociclistas com menos de 35 anos, de acordo com a Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas).

 "Há muitos erros no processo de preparação de motociclistas. Eles não recebem atenção devida nas autoescolas e estão, geralmente, em uma idade na qual o veículo é visto como um instrumento de poder", analisa.

No caso das bicicletas, a especialista vê como um erro o incentivo como um meio de transporte. "As prefeituras aproveitaram o ensejo das discussões como sustentabilidade para incentivar o uso das bicicletas. Em grandes centros elas são inviáveis geograficamente e culturalmente. Com isso o número de acidentes tende a subir."

Para o médico do Grupo de Resgate a Atendimento a Urgências, Hassan Yassine Neto, uma melhora no quadro passa por engenharia e educação no trânsito. "Ciclistas devem usar vestimentas e acessórios adequados em vias que devem ser bem sinalizadas. Leis específicas para ciclistas também devem ser melhoradas."




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