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Vice-presidente americano adverte China e Coréia do Norte
Da AFP
23/02/2007 | 10:11
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O vice-presidente dos Estados Unidos, Dick Cheney, chamou a atenção nesta sexta-feira, em uma visita oficial à Sydney, para a militarização crescente da China. Ele também advertiu a Coréia do Norte que o mundo não terá confiança cega no que diz respeito ao acordo multilateral para o país desmantelar suas instalações nucleares.

Na Austrália, um dos principais apoios internacionais da Casa Branca, Cheney alertou ainda que Washington e seus aliados simplesmente não podem admitir a idéia de que os países livres podem dar as costas para o que acontece em lugares como Afeganistão e Iraque, ou qualquer outro refúgio de terroristas.

A afirmação de Cheney foi feita no momento em que ganha força na Austrália o debate sobre a participação do país na guerra do Iraque e dois dias depois do anúncio de redução do contingente britânico em Basra (de 7,1 mil soldados a 5,5 mil).

O primeiro-ministro australiano, o conservador John Howard, chamado por Cheney de "velho amigo", é cada vez mais questionado pelo compromisso assumido no conflito no país árabe. No final do ano, a Austrália terá eleições gerais.

O vice americano também se reuniu nesta sexta-feira com o líder da oposição trabalhista Kevin Rudd, defensor da retirada do Iraque. "Não é o momento de abandonar os americanos no Iraque", declarou o premiê.

Durante a visita de Cheney, mais uma vez foram registrados confrontos entre policiais e manifestantes contrários à guerra no Iraque. O vice-presidente americano também se esforçou para acalmar os temores na Ásia com a militarização cada vez mais intensa da China e a política nuclear da Coréia do Norte.

Sobre o teste realizado pela China de uma arma anti-satélite, em janeiro, Cheney considerou que este e a construção rápida de uma força militar por Pequim estão em contradição com o objetivo declarado de um 'desenvolvimento pacífico'".

No entanto, Cheney destacou o papel positivo da China na obtenção de um acordo para desmantelar o aparato nuclear de sua vizinha e aliada Coréia do Norte.

Assim como no Japão, que visitou antes de chegar à Austrália, o vice de George W. Bush tentou apresentar garantias a respeito do acordo alcançado com Pyongyang, já que na região muitos analistas criticam o mesmo e destacam dúvidas sobre o desejo do governo norte-coreano de cumprir as promessas.

"Mantemos os olhos abertos. À luz dos testes de mísseis norte-coreanos em julho passado, do teste nuclear em outubro, de seu passado em termos de proliferação e de suas violações aos direitos humanos, o regime de Pyongyang tem muito o que provar", advertiu.

"No entanto, este acordo representa o primeiro passo, pleno de esperanças, para um futuro melhor para a população norte-coreana".

No acordo multilateral, assinado em Pequim no dia 13 de fevereiro, Pyongyang se compromete a desmantelar suas instalações nucleares em troca de uma ajuda energética e de negociações para o estabelecimento de relações diplomáticas com os Estados Unidos.




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