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Elbaz apresenta sua coleçao Yves Saint-Laurent na França
Do Diário do Grande ABC
05/10/1999 | 11:37
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Vestidos impermeáveis, óculos espelhados e tecidos estampados por computador: Alber Elbaz, que apresentou na noite de segunda-feira em Paris sua segunda coleçao para Yves Saint-Laurent, fez a famosa maison passar para uma nova dimensao e um novo tempo.

O estilista israelense-norte-americano reinventou com inteligência e modernidade os grandes temas de Saint-Laurent.

Seus trajes masculinos sao de grosso tecido de algodao e combinam com blusas de musselina; suas roupas de banho sao em crepe da China em tons brilhantes, e suas jaquetas em pele de serpente ou em couro.

Alber Elbaz alterna os jogos de volume e os efeitos opacos e brilhantes para desenhar seus vestidos de náilon levíssimo e seus conjuntos em pétalas gigantes de celulóide.

O modista permanece fiel ao estilo tradicional da maison, optando por uma gama de cores sombrias (bege, negro, branco) iluminados por toques brilhantes de turquesa e verde natureza.

Adquirida da Elf-Aquitaine pela Pinault-Printemps-Redoute, a maison Yves Saint-Laurent passará dentro de alguns dias para controle do grupo Gucci, cujo diretor artístico é o norte-americano Tom Ford.

Pierre Bergé, presidente da maison, recordou, antes do desfile, que ele continuará ocupando a direçao da casa por ``mais cinco anos, e que é o próprio Saint-Laurent que escolhe seus diretores artísticos'.

Mas um tema muito mais frívolo chamava a atençao do mundinho da moda: Claudia Schiffer decidiu finalmente voltar ou nao às passarelas? De fato, depois de Balmain, no domingo passado, a bela alema desfilou segunda-feira para Louis Vuitton e seu estilista norte-americano Marc Jacobs.

Este continua se divertindo com o famoso tecido estampado com as iniciais LV: com ele, faz bolsas-tubos, carteiras-merendeira (que podem conter simplesmente uma maça) ou brilhantes sacolas de safari.

Ornamentadas com um gorra-viseira, vestidas com camisoes estampados e saias retas, suas modelos lembram as colegiais dos anos 70, mas a calça curta de ginástica é de couro, a casaca de tafetá e os jalecos de cashmere.

Como Inés de la Fressange, Hervé Léger foi despedido pelo proprietário de sua firma, o grupo americano BCBG, em abril passado.

A coleçao prêt-à-porter da maison foi confiada a Eric Sartori, estilista que trabalhou durante 15 anos com Azzedine Alaia.

Sua moda, que nao tem nada a ver com a de Hervé Léger, deixa o terreno livre para os trajes vaqueiros elásticos e as superposiçoes de conjuntos de ponto e de encaixe de seda transparente ou plastificada, e propoe uma fememinidade sem agressividade, que deixa ver a silhueta em meio a um patchwork de tule e musselina.

Por sua parte, Jean-Charles de Castelbajac decidiu organizar seu desfile em meio a máquinas de lavar e microondas de uma grande loja, entre os quais propôs impermeáveis em tecido de barraca, vestidos com cores de uniforme militar e jaquetas plastificadas e estampadas com desenhos de anoesinhos.




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