Eleições 2016 Titulo Disputa eleitoral
Em debate, Grana e Paulinho divergem sobre caso Guarará

Impasse no transporte pauta o confronto; tucano
critica serviço e petista diz ser vítima de perseguição

Por Junior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
20/10/2016 | 07:00
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Montagem/Reprodução


Impasse no transporte público de Santo André, envolvendo o fim da operação da Expresso Guarará – principalmente na região da Vila Luzita –, pautou o confronto entre o atual prefeito e candidato à reeleição, Carlos Grana (PT), e o ex-secretário de Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos Paulinho Serra (PSDB), em debate promovido ontem pela Record News.

O assunto foi levantado pelo próprio prefeito, ao questionar Paulinho o que faria caso fosse chefe do Executivo e lidasse com a mesma situação. “Você foi meu secretário durante quase três anos e cuidou a área de transporte, mas depois saiu para ser candidato a prefeito. Você sabe que recentemente tivemos problemas com a interrupção da Guarará, que responde por 25% do transporte e empregava 400 trabalhadores. O que você faria nessa situação?”, questionou o petista.

Paulinho respondeu com críticas ao fato de as linhas então gerenciadas pela Guarará terem sido assumidas, de forma emergencial, pela Suzantur, operadora dos coletivos em Mauá. O Diário vem denunciando há semanas que veículos que deveriam atender o município mauaense rodavam em Santo André, e mesmo assim com muitas críticas dos usuários andreenses. “O que a gente não faria de forma nenhuma era trazer ônibus de Mauá para carregar nossa população. ônibus velhos, em contratação sem licitação, emergencial e muito mal explicada. O que a gente quer é transporte de qualidade. Eu jamais colocaria a população de Santo André para andar em ônibus emprestado de Mauá”, retrucou o tucano.

Quando questionado sobre propostas para Saúde, Grana utilizou boa parte do tempo para seguir no tema. O petista alegou ter sido vítima de perseguição política às vésperas do primeiro turno. “Houve uma tentativa de desestabilização da cidade. Uma operação montada para que se interrompesse o transporte em Santo André. Mandaram uma carta no dia 23 para encerrar o serviço no dia 30. Não há outro caminho a não ser fazer licitação emergencial. Convidamos 26 empresas de toda a região para se credenciarem. Só apareceram quatro, dessas apenas uma estava em condição. Existia uma situação emergencial. Trouxemos ônibus de onde foi possível. Tem veículo novo, sim. Olhe direito, ande, não basta apenas mandar assessor, como você fazia quando era secretário”, alfinetou Grana,

O debate seguiu em tom ameno, mas com várias alfinetadas entre os prefeituráveis. Por diversas vezes Paulinho pedia que Grana debatesse propostas. Já o petista procurava insistir na participação de Paulinho em seu governo. Lembrou, inclusive, da aparição de Paulinho em agenda de campanha do então candidato do PT ao governo de São Paulo Alexandre Padilha, em 2014, na Rua Coronel Oliveira Lima, no Centro.

Já Paulinho lembrou que o nome de Grana consta na lista de doações da Odebrecht, apreendida pela Operação Lava Jato em março. 




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