O Instituto Butantan, da Secretaria de Estado da Saúde, fechou nesta quinta-feira uma parceria inédita com três órgãos. O objetivo é estudar e produzir, pela primeira vez no Brasil, os chamados anticorpos monoclonais, substâncias inovadoras voltadas para combate ao câncer.

Diferentes dos tratamentos usuais contra a doença, os anticorpos monoclonais afetam apenas células tumorais específicas. As substâncias também podem ser utilizadas conjuntamente e ampliar a eficácia de tratamentos convencionais, como a quimioterapia. Geralmente os anticorpos reduzem os efeitos colaterais destes métodos mais conhecidos.

A parceria do Butantan será com a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), que repassará R$ 6 milhões ao projeto, e com Recepta Biopharma, que entrará com R$ 2 milhões. O Instituto Ludwig é o responsável por ceder o estudo já realizado nos Estados Unidos com camundongos, base para a pesquisa do Butantan.

Hoje existem no mundo oito tipos de anticorpos monoclonais. O projeto desenvolvido no Butantan desenvolverá outros quatro tipos, inéditos. “A intenção é que nos próximos anos possamos ter novos anticorpos monoclonais para ajudar no combate a células tumorais com maior eficácia”, afirma Ana Maria Moro, coordenadora do projeto.