O governo chinês advertiu, durante as últimas semanas, que a escolha entre a guerra ou a paz dependeria do discurso de posse que Chen pronunciará este sábado. O ``Diário Popular' publicou, nesta sexta-feira, a negativa categórica do governo chinês à maior parte das sugestoes do presidente eleito taiuanês, para tentar entrar em acordo com Pequim.

Num editorial publicado na primeira página, o órgao do partido comunista chinês considera que ``os três princípios para o diálogo' apresentados pelo presidente taiuanês equivaliam ``no essencial' à tese dos ``dois Estados' preconizada em julho de 1999 por seu antecessor no cargo, o taiuanês Lee Teng-hui.

Esta tese provocou a ira de Pequim, que lembrou que o exército chinês nao hesitaria em intervir contra qualquer iniciativa de independência. Desde sua surpreendente eleiçao, em março passado, o independentista Chen Shui-bian suavizou seu discurso e se comprometeu a nao organizar um referendo de autodeterminaçao e a deixar de chamar Taiwan ``a República da China'.

Também se mostrou disposto a dialogar com Pequim com base em três princípios: que Pequim e Taipé se falassem em igualdade de condiçoes, que o acordo sobre a questao fosse fechado de forma pacífica e que se tomasse por base a Carta das Naçoes Unidas (NU), sem condiçoes prévias.