Alegria, mas também reivindicações e conscientização estiveram nas ruas de Santo André na 11ª edição da Parada do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Travestis). A concentração do público foi na Avenida Dom Pedro II com a Rua Catequese (próximo ao viaduto da Acisa – Associação Comercial e Industrial de Santo André). De acordo com a Polícia Militar, o evento teve a participação de 1.200 pessoas.

Com o tema Onde Você Estava?, a parada quer propor reflexão para os constantes casos de homofobia e transfobia. O último deles, de maior repercussão, foi a morte da travesti Laura Vermont, 18 anos, na Zona Leste da Capital, em decorrência de traumatismo craniano. Dois policiais militares são suspeitos de ter cometido o crime.“A temática escolhida vem mostrar que, enquanto estamos em algum lugar nos divertindo, um homossexual é assassinado. A parada terá tom de manifestação, para mostrarmos a indignação pelo que está acontecendo hoje no País”, falou o presidente da ONG ABCD’S (Ação Brotar pela Cidadania e Diversidade Sexual), Marcelo Gil.

Aorganização chamou a atenção das prefeituras do Grande ABC para a necessidade de criação de coordenadorias que atuem no desenvolvimento de políticas públicas voltadas ao grupo. Em Santo André, por exemplo, há uma Assessoria de Políticas LGBT. Em Mauá, foi criado recentemente o Conselho Municipal LGBT. No entanto, Gil ressalta que a região ainda não oferece ações efetivas. A modelo transexual Viviany Beleboni, 26 anos, que causou polêmica ao desfilar presa a crucifixo no trio da ONG ABCD’S na Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, no mês passado, não participou pois, de acordo com o presidente da ONG Ação e Brotar pela Cidadania e Diversidade Sexual, Marcelo Gil, a modelo foi ameaça de morte se fizesse outro protesto.

Ficaram interditadas, das 12h às 16h, a Avenida Dom Pedro II, a partir da Rua das Caneleiras até a alça de acesso para a Avenida XV de Novembro; Rua das Caneleiras, entre a Avenida Dom Pedro II e Avenida Industrial; Rua Padre Vieira, entre a Avenida Industrial e Avenida Dom Pedro II; e Avenida Industrial, entre a Rua das Caneleiras e Rua Padre Vieira. Dezesseis agentes do Departamento de Engenharia de Tráfego ficaram espalhados fazendo as interdições nos cruzamentos para orientação do tráfego. A Prefeitura também disponibilizou 35 guardas-civis municipais para auxiliarem na segurança, junto à Polícia Militar.

DIADEMA

Na cidade está programado para o dia 26, a partir das 14h, o 6º Grito da Diversidade LGBT, na Praça da Moça, no Centro, que também levará mensagens contra a homofobia ao público.