Política Titulo Pré-candidatura
Claudinho admite que há pressão por elo com Maranhão
Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
04/07/2015 | 07:00
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Nario Barbosa 5/12/13


O ex-vereador Claudinho da Geladeira admitiu que há pressão no PT para que ele retire sua pré-candidatura a prefeito de Rio Grande da Serra e faça composição com o atual chefe do Executivo local e presidente do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, Gabriel Maranhão (PSDB).

“Teve essa conversa (de união), mas em reunião na quinta-feira definimos que vamos ter candidatura. (Acordo com Maranhão) É água e óleo, é anti-inteligente, porque estou em primeiro nas pesquisas. Não tem como (se unir)”, disse Claudinho.

A tese da aliança é sustentada pelo prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), que se aproximou muito de Maranhão neste mandato. A amizade se estreitou quando Maranhão decidiu peitar o PSDB e pedir publicamente voto para a presidente Dilma Rousseff (PT) no ano passado.

Nas últimas semanas, aumentaram os boatos de desistência de Claudinho, embora o diretório de Rio Grande da Serra tenha ratificado a pré-candidatura do ex-vereador. Alguns dirigentes petistas chegaram até a sugerir que Claudinho se colocasse à disposição para ser vice de Maranhão, numa dobrada extremamente inusitada.

“Houve compromisso lá atrás de eu sair candidato. Foi essa conversa quando assumir a macro (entidade regional do PT). Entendo que palavra dada é palavra cumprida”, espera Claudinho. “Há duas forças políticas na cidade: a nossa e a do prefeito. Não tem nexo uma união. O que eu digo para meus eleitores? Rio Grande da Serra faz a política à moda antiga, do olho no olho.”

Nesta reunião de quinta-feira citada por Claudinho, na cúpula estadual do PT, ele falou que a coordenação regional (capitaneada por Marinho) instigava clima contra sua candidatura em Rio Grande e que já afugentava possíveis aliados e financiadores de campanha. Para o petista, o clima de incerteza “já passou”. “Quando o diretório decide, acabou. É a base que decide. E ela decidiu pela candidatura.”

Para mostrar que estará nas urnas em 2016, Claudinho fez críticas a Maranhão, seu rival em 2012 – à época, o tucano era secretário de Obras da gestão de Adler Kiko Teixeira (PSC) e venceu com tranquilidade. “Ele pode até falar que tem coração vermelho (termo utilizado por Maranhão ao anunciar apoio a Dilma), mas sabemos que tem sangue azul.” 




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