Política Titulo Compensação
Atila pressiona para transferir aliados à Serviços Urbanos

Com Sama próxima do poder privado, deputado eleito tenta manter cargos comissionados

Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
03/12/2014 | 07:00
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Montagem/DGABC


A PPP (Parceria Público-Privada) para a gestão da Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá), hoje comandada pelo aliado do clã Jacomussi, Paulo Sérgio Pereira (PRP), tem colocado o deputado estadual eleito e ex-superintendente da autarquia Atila Jacomussi (PCdoB) em divergência com o prefeito de Mauá, Donisete Braga (PT).

Temendo perder espaço em cargos de comissão, o comunista pressiona o petista para abrir espaço na SSU (Secretaria de Serviços Urbanos), chefiada pelo vereador licenciado Rogério Santana (PT), que, nos bastidores, afirma que não irá ceder à investida com ameaças de retornar à Câmara.

A previsão é que o edital do PPP da Sama seja publicado até o dia 15 pela Prefeitura. A empresa que vencer a concorrência fará gestão compartilhada com o poder público e terá influência em contratações e alterações administrativas. A contrapartida da companhia será de investir R$ 153 milhões ao longo de 30 anos para remodelar a rede de abastecimento de água, que perde, em média, 46% da água transportada.

O controle da Sama é vislumbrado por muitos políticos de Mauá, já que trata diretamente com ligações de água e asfaltamento de ruas, duas reivindicações constantes na cidade que teve grande parte do território povoado por ocupações. A superintendência da autarquia foi cedida ao comunista após ele, como terceiro colocado na eleição para prefeito, ter apoiado Donisete no segundo turno.
A Secretaria de Serviços Urbanos também é bem avaliada por políticos pela capacidade de resolução de problemas corriqueiros, como tapa-buracos, limpeza e remoção de árvores.

Questionado sobre o impasse, o vereador Admir Jacomussi (PRP) negou que o grupo esteja pressionando Donisete. “Desconheço qualquer movimentação desta natureza. Não existe.”

A aliados, Rogério Santana afirmou que não aceitará troca de nenhum funcionário na Pasta de Serviços Urbanos e, caso Donisete imponha nomeações, poderá retornar à Câmara e desmontar a bancada governista. A avaliação é que Atila e seu grupo estão muito bem contemplados pelo Executivo, conquistaram uma cadeira na Assembleia Legislativa e que o Paço tem outras repartições que podem ser discutidas pelo prefeito com o comunista.

Caso Rogério retorne ao Legislativo, o vereador mais próximo de Donisete e responsável pela articulação política, Rômulo Fernandes (PT), teria de deixar a Casa, já que cumpre mandato na condição de suplente. 




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