Economia Titulo Financiamento
Desembolsos do BNDES para
a região registram leve queda

Foram R$ 536 milhões em financiamentos de janeiro a julho
segundo os dados da Área de Operações Indiretas do BNDES

Por Leone Farias
04/11/2012 | 07:00
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Os desembolsos do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) encolheram na região nos sete primeiros meses do ano, com retração de 3% ante o volume emprestado no mesmo período de 2011. Foram R$ 536 milhões em financiamentos de janeiro a julho deste ano, segundo dados da Área de Operações Indiretas do BNDES disponibilizados pela regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de Diadema - onde funciona um posto avançado do banco.

Os números do órgão federal, que são termômetro da disposição das empresas em investir para ampliar seus negócios, mostravam ritmo bem mais fraco no início do ano. No primeiro quadrimestre, a queda no volume de crédito a empresas do Grande ABC foi de 31% ante os quatro meses iniciais de 2011. No entanto, a tendência de melhora não se deve apenas ao aumento da demandas de empresários por ampliação ou modernização de fábricas, mas também, em parte, a investimentos do setor público (em transporte, saneamento etc). Isso porque esse é um dos principais focos da linha Finem, modalidade com maior expansão em valores - teve salto de 847%, atingindo R$ 45 milhões de janeiro a julho -, embora com queda em número de operações (contratos de financiamento), que caíram de 14 no ano passado para dez nos primeiros sete meses de 2012.

Outro destaque é o Cartão BNDES, que teve expansão de 72% nos desembolsos do banco (passou de R$ 25,7 milhões em 2011 para atuais R$ 44 milhões em empréstimos) e alta de 36% em quantidade de operações (de 2.646 para 3.591).

Para o responsável pelo posto do banco e gerente do Ciesp Diadema, Dario Sanchez, a modalidade permanece atraindo cada vez mais empresas, por suas condições facilitadas, como o crédito rotativo pré-aprovado e a taxa de juros de 0,91% ao mês.

De olho nas vantagens dessa modalidade, o vice-diretor da regional do Ciesp Diadema, o empresário Anuar Dequech Júnior, planeja usar o cartão para a aquisição de máquina nova, avaliada em R$ 14 mil. Para ele, compensa, "pela rapidez e facilidade de uso". O maquinário deverá equipar nova empresa (de insumos para fundição) que ele pretende abrir em breve no município.

Dequech Júnior considera, no entanto, que os números acanhados de desembolsos do BNDES na região são fáceis de explicar. "Está se comprando só o essencial, investimentos só na hora da necessidade, a economia está em ritmo lento", avalia. Dados da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) atestam esse cenário de poucos investimentos no parque fabril: de janeiro a setembro, as vendas de maquinários caíram 2,2% frente a igual período de 2011.

 

 




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