Setecidades Titulo Segurança
Índices criminais têm ligeira
redução em maio no ABC

Número de vítimas de homicídios dolosos na
região caiu 10% em relação a abril, aponta SSP

Fábio Munhoz
Rafael Ribeiro
26/06/2013 | 07:00
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Ricardo Trida/DGABC


Os principais índices criminais tiveram pequena redução no Grande ABC em maio na comparação com o mês anterior. A principal queda foi observada no número de vítimas de homicídios dolosos, que passou de 20 para 18. As estatísticas foram divulgadas ontem pela Secretaria de Estado da Segurança Pública.

O total de pessoas assassinadas intencionalmente, no entanto, teve alta de 12,5% em relação a maio de 2012, quando 16 vítimas foram mortas. Proporcionalmente, o aumento é maior que o ocorrido no mesmo período na Capital, de 8,3%. Em todo o Estado, o crescimento foi de 2%.

Roubos e furtos em geral tiveram queda de 1,4% de abril a maio. As ocorrências desse tipo de crime contra veículos caíram 5,2% (veja tabelas completas ao lado). Em relação ao mesmo período do ano passado, foram registradas altas de 0,9% e 1,6%, respectivamente.

Os dados dessas duas modalidades criminosas também destoam dos totais da Capital e do Estado. Foram registradas 29.461 ocorrências de roubos e furtos em maio de 2012 na Capital. No mês passado, a quantidade foi 3,6% menor, chegando a 28.403 casos. No Estado, foi observado decréscimo de 4,8%.

Já os roubos e furtos de veículos tiveram redução de 4% na Capital de maio de 2012 até o mês passado. No Estado, a diminuição no mesmo período foi de 5,6%. A cidade que apresentou maior elevação desse indicador depois de um ano foi São Bernardo, com 10,1% a mais. Mauá teve crescimento de 9% e Diadema registrou acréscimo de 1,4%. Os demais municípios da região tiveram queda.

Na opinião das autoridades policiais do Grande ABC ouvidas pelo Diário, a atuação certeira nos problemas contribuiu para a redução das ocorrências policiais, conforme mostram as estatísticas divulgadas. “Isso tudo é fruto do trabalho”, disse o delegado seccional de São Bernardo, Waldomiro Bueno Filho, responsável também por São Caetano. “Estamos focando nosso trabalho e atuação justamente nos problemas que mais apresentaram alta, como o roubo e furto. Para tanto, temos ações especializadas no combate às quadrilhas. Isso acaba trazendo o resultado esperado”, destaca.

Segundo o delegado seccional de Santo André, Angelo Isola, responsável também por Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, o diálogo entre as polícias Civil e Militar também é outro fator que colaborou para a queda dos números. “Estamos na rua”, disse. “A polícia foi a campo, mostrou estar atuante e em cima dos locais onde são registradas as ocorrências.”

Segundo ele, eventuais aumentos nos índices devem ser ponderados por fatores que não são criminais, como elevação da população e da frota.

Para o delegado, no entanto, o grande número de boletins de ocorrências produzidos precisa ser ressaltado. “Atualmente as pessoas procuram delegacia para inventarem que foram furtadas e assim não pagarem segunda via de documentos. Isso atrapalha e eleva os números nas estatísticas”, disse. 




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