Cultura & Lazer Titulo O Grande Gatsby
Milionário romântico
e glamouroso

A nova versão para os cinemas do romance
moderno O Grande Gatsby explora excessos

Luís Felipe Soares
07/06/2013 | 07:00
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Divulgação


No mundo de O Grande Gatsby, tudo exala glamour. O maior romance do escritor norte-americano F. Scott Fitzgerald (1896-1940) se passa na região de Nova York na década de 1920, quando homens enriqueciam e mulheres estavam mais estilosas do que nunca. No livro, esses elementos se encontram em meio a grandiosas festas promovidas pelo misterioso Jay Gatsby.

Após quatro adaptações realizadas para o cinema, o conto volta às telas nas mãos do diretor australiano Baz Luhrmann (que assinou Moulin Rouge e Romeu + Julieta). Ele utiliza o jogo de cores e as belas imagens que têm marcado seus trabalhos para tentar fazer com que o filme consiga captar o público, missão que todas as outras versões não conseguiram realizar.

O principal trunfo do cineasta está em seu protagonista. Desta vez, Gatsby é vivido por Leonardo Di Caprio, com qualidade o suficiente para apresentar as diferentes facetas do homem com história obscura e com um amor do passado que sonha em reconquistar. A motivação do milionário é chamar a atenção da bela Daisy (Carey Mulligan, não trazendo nenhum sal à personagem), que mora do outro lado da baía que divide suas mansões.

Toda a movimentação é relatada pelo aspirante a escritor Nick Carraway (Tobey Maguire), recém-chegado à região e primo de Daisy. Sua vida muda quando conhece Gatsby. O fascínio do rapaz pelo universo do ricaço – aquele com “sorriso raro que tem em si algo de segurança eterna, um desses sorrisos com que a gente talvez depare quatro ou cinco vezes na vida” – serve para tornar o homem tão grandioso quanto o título sugere.

Apesar de elementos positivos, como a fotografia impecável e a trilha sonora instigante, O Grande Gatsby cai na armadilha de querer tornar interessante o que não é. As dificuldades amorosas chegam a ser infantis, não sendo capaz de fazer com que o espectador realmente torça para que o casal jogue tudo para o ar e fique junto. A maldição da falta de sucesso de Fitzgerald nos cinemas parece continuar, mas a culpa não é do autor. 




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