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Servidores de São Bernardo denunciam falhas na prevenção

Departamento de vigilância sanitária já conta com 16 contaminados; Prefeitura diz que combate a doença

Por Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
08/05/2020 | 00:01
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Funcionários da vigilância sanitária de São Bernardo denunciam que o departamento já tem 16 casos positivos de Covid-19 e acusam a Prefeitura de não adotar medidas que previnam novos registros entre os servidores. Segundo relatos de profissionais que pediram para não serem identificados, o primeiro caso do setor foi do diretor Wagner Kuroiwa. Em 24 de março, quando a cidade tinha apenas 11 pacientes contaminados com a doença, o gestor passou a atuar de sua casa. De acordo com os funcionários, não foram tomadas medidas efetivas para conter o surgimento de novas infecções no departamento.

Os relatos dão conta de que os servidores seguem em seus respectivos postos de trabalho, sem a devida distância entre uma mesa e outra. Máscaras e álcool gel para uso pessoal estariam sendo providenciados pelos próprios servidores, que continuam fazendo atividades externas e se locomovendo em carros com a ocupação máxima. “Estamos passando o vírus uns para os outros e, além disso, estamos levando o vírus para as ruas do município de São Bernardo”, acusou um servidor. Até ontem, a cidade já tinha 717 pacientes contaminados e 79 mortes cuja causa está associada ao novo coronavírus. 

Questionada, a Prefeitura de São Bernardo informou, por meio de nota, que os funcionários do departamento da vigilância sanitária, assim como os demais profissionais da Saúde, estão sendo munidos de equipamentos de proteção individual, como máscaras, álcool gel, entre outros, uma vez que vêm atuando na linha de frente no combate à Covid-19. “Além disso, foi feita a desinfecção terminal na vigilância epidemiológica e houve restrições quanto ao efetivo em atividade”, relatou o comunicado.

De acordo com a administração, desde o dia 28 de abril, todos os funcionários da Saúde também estão sendo testados, por meio de parceria com a FUABC (Fundação do ABC). A medida visa ajudar a controlar os servidores que podem trabalhar e os que devem ficar afastados de suas atividades mesmo que não apresentem sintomas. “É importante esclarecer ainda que o diretor do departamento, Wagner Kuroiwa, não foi afastado de suas funções. Ele segue atuando no comando das equipes em regime home office, uma vez que está inserido no grupo de risco”, concluiu a nota. 




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