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Banda Lagunna dá a grande cartada
Por Gislaine Gutierre
Do Diário do Grande ABC
08/12/2005 | 08:37
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Formada por quatro rapazes de Santo André e apadrinhada pelo guitarrista do Sepultura, Andreas Kisser, a banda Lagunna sobe nesta quinta-feira ao palco do Blen Blen, em São Paulo, disposta a atingir pelo menos dois objetivos: gravar DVD ao vivo com base no novo disco Intro e dar um passo decisivo na conquista de um lugar ao sol no mercado musical brasileiro.

A euforia não é pouca, mas por enquanto há mais suor que recompensa mercadológica. Segundo o vocalista Ivan, toda a concepção, produção, cenografia, enfim, tudo mesmo ficou sob responsabilidade da própria banda, que definiu até o posicionamento das câmeras durante a gravação. Para tanto, dizem contar com a experiência da publicidade. Ivan, Léo (baixo) e Nani (guitarra) são publicitários e Eric (bateria) é administrador com pós-graduação em marketing. Ivan afirma que já tiveram contato com gravações de comerciais.

É uma produção independente, de verdade. A empreitada de hoje, apesar da ajuda fundamental de várias empresas (principalmente do Grande ABC) que se uniram na base da camaradagem, resultou em ônus direto aos rapazes, que financeiramente tiveram de dar alguma contribuição.

Eles estão confiantes. Até porque vêm num bom embalo. Em 2003, foram às pressas ao Rio para fazer a abertura do show de ninguém menos que o Deep Purple, no ATL Hall. Pura sorte. “Eram 14h quando nossa empresária pediu para embarcarmos diretamente ao Rio”, diz. Depois do vôo e de muito trânsito, chegaram ao ATL Hall às 18h30 – a parte deles começaria por volta das 19h. “Fizemos tudo rapidinho e se você perguntar o que aconteceu naquele dia, que músicas tocamos, nem lembro. Só sei que a gente estava no palco, com os caras (do Purple) olhando nosso show, e aquele público... Foi surreal”.

Eles já haviam conhecido Andreas Kisser um ano antes, na festa de uma rádio paulistana. O guitarrista do Sepultura adorou o som dos garotos e resolveu apostar as fichas. Com seu conhecimento musical, tornou-se produtor e levou uma série de modificações ao Lagunna. Com seu prestígio, ajudou a abrir algumas portas, como a da MTV – para a exibição do clipe Nada a Dizer, do disco anterior – e a do estúdio do Skank, em Belo Horizonte, onde o quarteto e Kisser ficaram enfurnados durante um mês, concentrados na gravação de Intro.

“A banda mudou totalmente. Ele nos guiou para um caminho mais rock, mais atitude, e acrescentou muito musicalmente”, afirma Ivan. De cara, o que se percebe é o que já era previsível: o Lagunna hoje é uma banda de guitarra, já que o instrumento está sempre em primeiro plano. Tem um pé no rock, mas é essencialmente e assumidamente pop rock.

Ivan atribui peso relevante à performance da banda em shows – e é também por isso que resolveram arregaçar as mangas para fazer o DVD. “Queríamos registrar essa pegada de shows, que o pessoal tanto gosta”. O próprio admite: “Também é um cartão de visitas a quem precisa ver para acreditar”.

O DVD só deve ficar pronto por volta de maio ou junho de 2006. Até lá, a banda pretende fazer shows e gravar o clipe de Fugaz, faixa de Intro. Em relação ao futuro, sonho e esperança compõem o cenário. Ivan até imagina o sucesso “do Grande ABC para o Brasil”: “Gostaria de fazer um showzão aqui na região para o pessoal que sempre acompanhou a gente e que nos dá a maior força. Tem gente que já ouviu muita coisa ruim no começo e que continua insistente, viu? (risos)”.

Lagunna – Show de gravação do DVD. Nesta quinta-feira, às 22h. No Blen Blen – r. Inácio Pereira da Rocha, 520, São Paulo. Tel.: 3815-4999. Ingr.: R$ 25 (na porta) e R$ 12,50 (estudante ou antecipado, com pedido pelo e-mail ingressoantecipado@lagunna.com.br)




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