Cultura & Lazer Titulo
As quatro faces de Marcelo Médici
Por Márcio Maio
Da TV Press
13/02/2008 | 07:00
Compartilhar notícia


Marcelo Médici começou em Sete Pecados com um papel pequeno, interpretando o mordomo Antero. Mas, de uma hora para outra, ganhou espaço com as confusões de seu personagem com a trama e passou a fazer outros três divertidos tipos na história de Walcyr Carrasco: a babá Zizi, o chinês Chong Xing e o faxineiro Tião. Com o fim da novela nesta semana, o ator já faz planos. Confira trechos da entrevista:

Você foi escalado para interpretar um papel menor em Sete Pecados e, na reta final, ganhou destaque com os disfarces de seu personagem. Como você reagiu a essa mudança?

MARCELO MÉDICI – Tudo tem um lado bom e outro ruim. Enquanto fazia só o Antero, tudo estava tranqüilo. Mas quando as cenas da Zizi entraram no ar, o público reagiu na mesma hora. Essa é a parte muito boa da história. Mas isso mudou completamente minha rotina de gravações. Em várias noites, dormi apenas três horas, porque perdia muito tempo com maquiagem, figurino, essas coisas. Fui pego de surpresa. Uma surpresa boa, mas extremamente trabalhosa.

Como você se preparou para fazer Zizi, Chong Xing e Tião?

MÉDICI – Essa é a outra parte ruim da história. Não deu tempo. Foi tudo muito rápido e, por mais instigante que seja, mexeu muito comigo. Não tenho tanta experiência em TV e não me sentia seguro para interpretar vários personagens de uma vez. Mas acabou dando tudo certo.

Essa é sua segunda novela na Globo e, mais uma vez, você começou com um papel menor e conquistou espaço ao longo da história. Você se considera um ator “coringa”?

MÉDICI – Posso parecer pretensioso, mas tinha a sensação de que ia chegar um momento em que ia aparecer em Sete Pecados. Não tinha problemas em fazer um papel menor, até porque sei que a vida é assim. Mas é claro que sabia que poderia fazer mais. Seria mentira se dissesse que estava feliz escondido atrás de um personagem sem conflitos.

Você tem medo de ficar rotulado como humorista?

MÉDICI – Estou tentando não entrar nessa paranóia, mas é claro que não tenho interesse em ficar limitado a apenas um estilo de interpretação. Mas, por coincidência, meu próximo personagem no teatro também será em uma comédia, em Irma Vap. Por enquanto, estou aproveitando a fase. Sei que estou bem no humor e isso agora é muito bom. Mas também vai chegar uma hora em que vou querer atravessar essa fronteira entre a comédia e o drama. E aí vou mudar minha postura mesmo.

Mas você estreou no A Praça É Nossa, do SBT...

MÉDICI – Sim, fiquei lá por três anos e adorei. Mas queria pular para o núcleo de novelas. Foi a minha contratação no SBT que me deu dignidade na profissão. Passei a ter um salário, um dinheiro certo para contar no final do mês. É muito difícil investir em uma profissão tão concorrida e pouco reconhecida no Brasil.

Você conseguia se sustentar com a profissão até estrear na TV?

MÉDICI – Eu morava com minha família, então recebia a ajuda deles. Só comecei a ganhar mesmo dinheiro com Cada um com Seus Pobrema, no teatro. Sempre fiz de tudo: eventos, comerciais, locução, enfim, o que pintasse. Sonhava fazer novela sim, mas só quando fosse realmente um papel legal. E demorou a pintar. Existe mais espaço para ganhar dinheiro com outras coisas, como comerciais. Sempre achei a TV muito arriscada.



Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;