Foram publicados no dia 20 os dados sobre a PNSB ( Pesquisa Nacional de Saneamento Básico), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os números são bastante reveladores: tivemos sim avanços no período descrito, mas percebemos que ainda temos um longo caminho pela frente. Trata-se de estudo muito interessante, pois temos discutido bastante a política nacional de resíduos sólidos, recém sancionada pelo governo federal, que trata do lixo, um dos temais mais impactantes da pesquisa.

Entre os dados mais relevantes do IBGE, observamos que entre os anos de 2000 e 2008, o percentual de municípios brasileiros que passaram a ter rede geral de abastecimento de água em pelo menos um de seus distritos passou de 97,9% para 99,4%. O manejo de resíduos sólidos, serviço que inclui coleta e destinação final do lixo e limpeza pública, desde 2008, passou a existir em todos os municípios. Já o manejo de águas pluviais, também denominado drenagem urbana, que existia em 78,6% dos municípios em 2000, chegou a 94,5% em 2008.

O único serviço de saneamento que não chegou próximo à totalidade de municípios foi a coleta de esgoto por rede geral, que estava presente em 52,2% dos municípios em 2000 e passou a 55,2% em 2008. Nesse período, 68,8% do esgoto coletado era tratado - percentual bastante superior aos 35,3% de 2000, embora menos de um terço dos municípios (28,5%) fizessem o tratamento. Este número ainda é muito baixo.

Diversos dados obtidos pela pesquisa ainda são insatisfatórios. 6,6% dos municípios brasileiros ainda fornecem água sem tratamento apropriado. Em 6,2% da totalidade das cidades, a água é apenas parcialmente tratada. Outro dado que merece nossa atenção é que apenas um terço de nossos municípios tem leis de proteção de mananciais. Além disso, menos de um terço dos municípios fazem tratamento de esgoto. Segundo os dados da pesquisa, apesar disso, o volume tratado representa 68,8% do total coletado no País. Houve melhora considerável frente a 2000 e 1989, quando o percentual de tratamento era, respectivamente, de 35,3% e 19,9%. E em grandes centros produtores como são os municípios com mais de 1 milhão de habitantes, o percentual de esgoto tratado foi superior a 90%.

Um dado muito interessante diz respeito aos municípios que têm programas de coleta seletiva do lixo. Em 1989, eles eram apenas 58. Em 2008, o número saltou para 994. Mas existem 5.564 municípios no Brasil. As regiões sul e sudeste são as que mais reciclam, enquanto a norte e nordeste adotam lixões. Essa é uma cultura que ainda precisamos construir.

A Anamaco tem como um de seus principais objetivos apoiar políticas públicas que promovam o bem estar social. Uma de nossas principais bandeiras é promover o crescimento com respeito ao meio ambiente, de maneira organizada e sustentável. Proteger a saúde das pessoas, os mananciais e cuidar do planeta são prioridades para nós. E saneamento básico é a condição mínima e essencial para o bem estar humano. Promover a melhora nestes serviços é de fundamental importância para a saúde das pessoas e do Brasil.

Projetos de saneamento passam necessariamente pelo setor da construção civil. Moradia de qualidade e a redução do nosso déficit habitacional têm tudo a ver com esse tema. Nós do varejo estamos organizados e dispostos a colaborar no que for necessário para que este serviço se estabeleça de forma adequada a toda a população brasileira.