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Morte de Jorge Amado é destaque na imprensa argentina
Por Das Agências
07/08/2001 | 09:35
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A notícia da morte do escritor brasileiro Jorge Amado, considerado como um dos mais destacados latino-americanos, ocupou esta terça-feira espaços nas primeiras páginas dos jornais da Argentina, onde viveu um ano e mereceu amplos elogios sobre seu estilo sensível, cujas obras foram traduzidas para 54 idiomas.

Em sua Salvador da Bahia natal, o autor das famosas "Dona Flor e seus dois maridos", "Gabriela, cravo e canela", "Tieta do Agreste", entre tantas outras, morreu ontem aos 88 anos de idade, a quatro dias de seu aniversário.

"O pai de Dona Flor disse adeus" foi o título em primeira página de Clarín (maior tiragem), adiantando no texto que "pintou como ninguém a alma de Salvador da Bahia, especialmente de suas mulheres".

Em coluna de opinião, expressou que "Amado soube ser frívolo em seus temas, esquemático em suas idéias, irregular muitas vezes na qualidade de seu estilo expressivo. Entretanto, foi mais que um protagonista central da literatura: uma figura ineludível e muito querida da cultura brasileira do século XX".

O centenário La Nación, igualmente na primeira página, assinalou que "...era uma das glóridas das letras latino-americanas, crítico e desenfadado".

Acrescentou que "a cultura do Brasil perdeu seu escritor mais reconhecido e popular, de transcendência internacional, cuja obra se caracterizou por ser uma mistura de crítica social, magia, humor e desenfado, expressados por uma voz e um estilo incomparáveis".

Afirmou que "com ele se foi também a pena que recriou a alma contraditória dos brasileiros, que soube descrever o espírito lírico, trágico, sensual e místico desse povo".

Em um box na primeira página, Página/12 ressaltou que "Morreu Jorge Amado, o mais importante novelista brasileiro".

Em sua seção Cultura, diz que "foi um dos maiores escritores latino-americanos, o escritor das putas e dos vagabundos. Amado não hesitou em retratar os marginalizados da sociedade com uma prosa que, segundo a opinião geral, merecia o Nobel".

Em amplo espaço interno, Ambito Financeiro o descreveu como "alma e cor do Brasil", como "um dos escritores mais populares e des tacados do continente, um renovador das letras brasileiras e um dos propulsores do chamado realismo mágico".

Ampliou que "o grande escritor brasileiro tinha uma especial habilidade narrativa, uma fértil imaginação que lhe permitia enredar e desenredar histórias com soltura".




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