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Compra pela manhã evita estresse
Andrea Catão
Do Diário do Grande ABC
16/12/2005 | 08:21
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Se o brasileiro realmente tem mania de deixar tudo para a última hora não se sabe, mas a tradição reza que o fim de semana que antecede o Natal, bem como a véspera da data, é o período em que o Brasil inteiro resolve sair de casa rumo aos centros comerciais. Os lojistas ficam felizes porque vêem engordar os lucros, mas aqueles que têm de peregrinar de loja em loja em busca de um presente se culpam por não ter se antecipado ao período de pico e chegam à conclusão de que tal afirmação sobre o brasileiro é verdadeira. É possível que a história se repita ano após ano, mas o fato é que deixar as compras de Natal para a última hora está mais ligado a fatores financeiros. É quando a maioria recebe o 13º salário. E em muitos casos também é época de folga, pois parte das empresas concede férias coletivas em dezembro. Além disso, aqueles que têm filhos preferem tirar licença remunerada, em geral, nos meses de recesso escolar. Portanto, são poucas as chances de fugir do estresse durante as compras.

O corre-corre é típico e as filas parecem se multiplicar. Estão nos provadores, nos caixas, no estacionamento, nos banheiros. Nas lojas, os balconistas são poucos em comparação ao número de compradores. O martírio tem início no estacionamento, quando o mais difícil é encontrar uma vaga para o carro. Em meio à maratona de consumo, a idéia de fazer uma pausa para o lanche gera mais frustração e cansaço. A praça de alimentação permanece lotada. “Quando não for possível antecipar as compras, não há como fugir do grande movimento. A única alternativa é respirar fundo e sair de casa com o espírito de que nada vai afetar o bom humor”, diz o psicólogo Gerson Luiz Cardoso.

Nos shoppings do Grande ABC, onde a maioria abre às 10h, a dica dos centros de compra é que as pessoas procurem chegar cedo. “À medida que as horas passam, o movimento aumenta. Em geral, das 10h até o meio-dia, o movimento é menor. Depois desse horário, a tendência é de aumento”, afirma Andréia Perini, gerente de marketing do Shopping Metrópole, em São Bernardo. Ela diz que pela manhã o estacionamento ainda está livre, bem como os corredores. Andréia garante que aquele que ainda não fez pesquisa de preços e pretende “bater perna”, deve dar preferência a esse horário.

Nas duas horas que antecedem o fechamento das lojas, principalmente neste mês quando os estabelecimentos devem ficar abertos até meia-noite, o movimento também é menor. No entanto, Andréia não recomenda deixar para o fim da noite a realização das compras, a não ser nos casos em que o consumidor saiba exatamente a loja e o produto que pretende comprar. “Muita gente passa algumas horas no shopping fazendo pesquisa de preços e de produtos, verificando as ofertas. Se deixa para comprar muito no fim da noite, corre o risco de voltar para casa sem ter feito a compra.”

O Sincomércio-ABC (Sindicato do Comércio Varejista do Grande ABC) também garante que o horário da manhã é o de menor movimento, mas antecipa que a maioria dos comércios de rua, principalmente os grandes corredores das cidades, vai ficar aberto até mais tarde. Nos outros meses do ano, as lojas fecham entre 18h e 20h, mas neste mês, o funcionamento se estende até as 22h. A abertura das lojas, diferente das dos shoppings, ocorre mais cedo, por volta das 9h.

A Fundação Procon São Paulo dá a mesma orientação, mas com outra dica. Antes de sair de casa, o consumidor pode procurar pelo produto na internet para checar preços. Muitas lojas mantêm catálogo de produtos na home page, e algumas até oferecem o serviço de compra pela web, o que pode facilitar no caso de o prazo de entrega e as condições de pagamento serem seguras.




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